Em entrevista à TV TODODIA, o presidente da Câmara de Hortolândia, Daniel Laranjeira, fez um balanço de sua gestão, destacando avanços como a mudança na data-base dos servidores para março, a criação da Semana de Combate à Violência Contra a Mulher e investimentos na Escola do Legislativo, que passará a oferecer cursos abertos à população sobre temas como mercado de trabalho, saúde mental e cidadania.
Ele ainda ressaltou a boa relação entre os poderes Legislativo e Executivo e o compromisso de aproximar a população da Câmara por meio de ações educativas e participativas. Confira a entrevista.
TODODIA: Daniel, queria que você falasse primeiro sobre esse início do seu mandato como presidente. Você que já compôs a Mesa Diretora como primeiro e segundo secretário, e agora assume como presidente da Câmara de Hortolândia.
DANIEL LARANJEIRA: Obrigado pela visita, pelo carinho. Eu sei da importância da imprensa, das redes sociais, em acompanhar nosso trabalho. Mesmo já tendo feito parte da Mesa Diretora por seis anos, assumir a presidência é um desafio totalmente diferente. É uma virada de chave brusca e estamos nos adaptando. Já estamos na metade de maio, mas parece ainda que estou em janeiro, tamanha a intensidade dos desafios.
Ainda é um início de mandato. Quais foram, até aqui, os principais projetos protocolados e assuntos debatidos na Câmara?
Apesar de estar no começo, tivemos conquistas importantes. Uma delas foi a mudança na data-base dos servidores, uma luta antiga, principalmente em anos eleitorais, quando há restrições legais. Agora a data-base será em março, o que facilita os trâmites. Também aprovamos o projeto da vereadora Roberta — única mulher na casa — instituindo a Semana de Combate à Violência Contra a Mulher. Ligado a isso, promovemos uma palestra com a delegada da mulher, Dra. Aline, por meio da Escola do Legislativo, que tem sido uma grande prioridade da minha gestão.
E o que a população pode esperar da Câmara nos próximos meses? Que temas ou projetos estão em andamento?
Já aprovamos a desafetação de um terreno na região do Rosolém para construção do Centro da Melhor Idade, uma promessa antiga, ainda do tempo do saudoso Ângelo Perugini. Também continuaremos investindo na Escola do Legislativo, com cursos de capacitação para servidores, assessores, vereadores e, futuramente, para toda a população. Inclusive, já levamos 58 servidores para uma visita à Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo). A ideia é aproximar a população da casa e promover cidadania.
A Escola do Legislativo deve oferecer cursos abertos à população. Quais áreas serão contempladas?
Estamos organizando isso com a presidência, a imprensa da casa e a coordenação da escola. Os cursos devem abranger temas como: mercado de trabalho, saúde mental, especialmente no pós-pandemia, conhecimento político (entender a diferença entre os poderes Legislativo e Executivo) e temas voltados para o cotidiano e necessidades do cidadão hortolandense. A ideia é oferecer capacitação e promover maior engajamento da população.
Falando em engajamento, qual é a importância da participação da população nas sessões e decisões da Câmara?
Essa é uma luta constante. Mesmo com transmissão ao vivo pelo YouTube, a adesão nas sessões ordinárias ainda é muito baixa. Entendemos que o cotidiano das pessoas é corrido, mas a presença popular é fundamental. Por isso, estamos apostando na Escola do Legislativo para atrair os munícipes, com cursos, visitas e atividades educativas, inclusive com alunos da rede pública.
Como está a relação entre o Legislativo e o Executivo em Hortolândia?
É uma relação muito boa. Desde 2017, tudo o que acontece na cidade passa pela Câmara. Se não houver esse entendimento entre os dois poderes, a cidade trava. Houve avanços significativos nesses últimos oito anos. Hortolândia é uma cidade inteligente e tecnológica. Nem tudo é do jeito que o Executivo quer ou do jeito que o Legislativo quer, mas sim do jeito que o povo precisa.
A título de informação, como é composta hoje a Câmara Municipal?
Somos 19 vereadores, sendo 18 da base e um da oposição. A única mulher é a vereadora Roberta.
Para encerrar, Hortolândia completa 34 anos de emancipação. Qual a importância dessa data?
É uma data de muito orgulho. Hortolândia é uma cidade planejada para os próximos 30 anos. Meu pai chegou aqui em 1963, quando tudo era mais difícil. Faltava água, esgoto tratado. Hoje temos centro tecnológico, grandes empresas e qualidade de vida. Saltamos de R$ 400 milhões para R$ 1,6 bilhão em arrecadação nos últimos 15 anos. A emancipação começou em 1991 dentro da Igreja Nossa Senhora do Rosário, e essa história segue viva.
