Prédios em São Paulo estão investindo na construção de hortas comunitárias para aumentar o contato com a natureza e o consumo de alimentos orgânicos.
Para o pesquisador José Antônio Alberto da Silva, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, é fundamental que a maioria dos condôminos esteja de acordo com a construção. “Após a aprovação em assembleia, é preciso decidir em qual espaço a horta será construída. Ela pode ser vertical, horizontal, em uma área coberta ou descoberta”, disse.
O recomendado é que os moradores interessados participem ativamente do projeto. O próprio condomínio pode organizar uma escala de trabalho e, depois, uma divisão de alimentos. “O mais importante deste processo é a integração entre os moradores, o envolvimento de pessoas de todas as idades”, afirmou.
O especialista em hortas urbanas Lucas Bonini, da empresa Brasil Reage, ressalta a importância de uma consulta profissional para que os moradores aprendam quais são as melhores formas de manutenção. “Uma horta requer cuidado diário. No começo, um profissional pode ir ao condomínio explicar como realizar a colheita, fazer o plantio e outros cuidados”, disse.
No condomínio Passeio no Bosque (zona oeste), a ideia de construir uma horta comunitária foi aceita pelos moradores, conta o síndico Dalmo Santos, de 38 anos.
Como a terra não tinha nutrientes suficientes, o condomínio optou por criar um sistema de compostagem.“Aproveitar o lixo para ter uma terra orgânica capaz de sediar nossa futura horta já é um grande avanço para o ambiente”, afirmou.
