domingo, 24 novembro 2024

Sem coronavírus no seu carro: saiba como higienizar

Em meio à pandemia do novo coronavírus, a montadora chinesa Chery apresentou uma tecnologia para barrar vetores capazes de transmitir doenças. Trata-se de filtros de ar bactericidas, que passam a equipar o utilitário Tiggo 7. Por enquanto, a solução oriental é apenas uma curiosidade distante do Brasil, mas nem mesmo esse recurso seria capaz de garantir 100% de proteção. 

O contágio do novo coronavírus pode ocorrer pelo toque das mãos no rosto após contato em superfícies contaminadas, o que possibilita o acesso do vírus às vias respiratórias. Portanto, os cuidados com a higiene devem se estender aos automóveis. 

Mas antes de sair borrifando álcool em gel pela cabine, o usuário do veículo deve saber que há materiais sensíveis a esse produto. 

Nikolas Varandas, da empresa de limpeza Sofisticar, explica que há produtos específicos para higienizar as partes plásticas da cabine, mas, na falta de um, é possível utilizar limpadores multiuso.

“O álcool 70° pode danificar os plásticos, deixá-los com aspecto esbranquiçado”, diz o especialista. 

Os estofamentos de couro – ou de material sintético similar – são mais fáceis de higienizar. Willian Tamara, diretor de operações da Dr. Sofá, afirma que pode ser usado detergente neutro pouco abrasivo para fazer a higienização. 

Bancos de tecido também podem ser limpos com sabão neutro aplicado por meio de um pano úmido, mas com cuidado para não encharcar. Se isso ocorrer, Willian explica que será necessário usar um aspirador extrator com alta potência, equipamento profissional. 

Uma higienização mais profunda das forrações deve ser feita a cada seis meses no caso de um veículo particular, aconselha o especialista da Dr. Sofá. No caso de carros usados a trabalho, o prazo deve ser reduzido para intervalos de 90 dias. 

Para os motoristas de táxi ou de aplicativos, o maior problema é higienizar a cabine entre uma corrida e outra. 

A Uber afirma em seu site que disponibiliza recursos para ajudar a manter os carros limpos, priorizando as cidades mais atingidas pela pandemia. 

A solução mais prática é oferecer álcool em gel para os passageiros poderem desinfetar as mãos após abrir acionar as maçanetas. Outra recomendação é rodar com as janelas abertas. 

O uso do ar-condicionado nos dias de hoje não é recomendado, principalmente nos veículos de trabalho. O risco pode vir do filtro de cabine que, se estiver muito sujo, pode causar crises alérgicas facilmente confundidas com a contaminação pelo coronavírus. 

 

Por Eduardo Sodré  

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