Candidato à reeleição a deputado estadual também pontuou ampliação de escolas em tempo integral
A campanha Sua Voz, Sua Vez, Seu Voto, da Rede TODODIA, entrevistou e ouviu as propostas do candidato à reeleição a deputado estadual pelo Cidadania, Dirceu Dalben, que listou alguns dos principais investimentos para a saúde, segurança e ideias de inovação para a educação com o objetivo de qualificar a mão de obra e gerar empregos. Confira a entrevista:
TODODIA: Dalben, quais foram as principais emendas para a Região Metropolitana de Campinas intermediadas pelo seu mandato?
DIRCEU DALBEN: Através das emendas os parlamentares têm condições de colocar recursos nos municípios paulistas, nas entidades, na rede hospitalar. Existem três tipos de emendas que o parlamentar pode trabalhar: a emenda impositiva, que é uma cota de emenda que cada um dos deputados estaduais tem para apresentar no orçamento. Dessas emendas do deputado Dirceu Dalben nós destinamos mais de 50% para a saúde. Tem as emendas do orçamento, eu faço parte da Comissão de Finanças e Orçamento da Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo). Eu realizei as audiências públicas em seis grandes regiões administrativas: Campinas, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto, Bauru, Barretos e Mococa.
Através dessas audiências nós conseguimos também colocar recursos também no orçamento das emendas orçamentárias e através das emendas voluntárias. O que são as emendas voluntárias? São as demandas voluntárias que chegam ao nosso gabinete e nós nos reunimos com o governador ou com secretário de saúde. Levamos a ele as reivindicações dos prefeitos, hospitais, entidades na área de saúde, para que ele atenda. Nós conseguimos, com sucesso, atender todas as demandas que chegaram ao nosso conhecimento e nosso gabinete, através do gabinete móvel. Desde o início do nosso mandato nós fizemos um mandato inovador e participativo para atender a população. Nós viajamos o interior paulista, capital, litoral e capitaneamos várias reivindicações dos prefeitos, vereadores e vereadoras e também nos hospitais tanto filantrópicos como também Santa Casa. Encaminhamos e conseguimos sucesso. Só de emendas do deputado Dirceu Dalben foram aproximadamente R$ 15 milhões de recursos para diversos municípios e hospitais aqui na região de Americana, Sumaré e Campinas.
Sobre educação, quais investimentos estaduais precisam ser ampliados?
Nós vemos que cada vez mais a geração de empregos é um desafio no nosso país, estado e no mundo. Vão mudando as atividades econômicas. Algumas atividades econômicas e algum tipo de emprego vão cessando e já não existem mais. Nós temos de inovar. A robótica e automação estão aí. Ela vai ocupando espaço de alguns profissionais, mas nem por isso nós devemos deixar de providenciar outro tipo de matriz de emprego para poder atender o mercado de trabalho. Se nós não tivermos o trabalhador empregado, gerando emprego e renda para ele, nada vai funcionar porque é uma roda. Se a indústria fabrica e o comércio vende, é porque o trabalhador está ali para comprar. Se não tiver o trabalhador com emprego e renda para adquirir os produtos, tudo vai parar. Então, aqui no estado de São Paulo através do nosso mandato nós temos focado muito nisso no sentido de fortalecer as parcerias com as prefeituras através do SEBRAE, Desenvolve São Paulo, Banco do Povo e também do e-Comércio. Cada vez mais nós estamos vendo aí atividade na informática substituindo a mão de obra presencial. Isso é uma realidade no mundo e nós no estado de São Paulo temos focado muito isso. Ao mesmo tempo, as nossas escolas públicas estaduais e faculdades criaram novos cursos para adentrar nesse mercado de trabalho o nosso jovem. É necessário enfatizar e aumentar esse tipo de atividade nas nossas escolas de faculdades estaduais e também fomentar para que o empresário atenda essa expectativa do mercado e contrate esses novos profissionais aqui mesmo na nossa região e estado. Outra questão é reduzir o Custo Brasil e o Custo do estado de São Paulo, com redução de carga tributária e incentivos fiscais para poder fomentar ainda mais a economia.
Quais são as próximas metas para ampliação das escolas em tempo integral?
Isso é um programa que tem dado certo. Hoje, nós ampliamos em 44 o número de escolas aqui na nossa região. Antes eram 21 e fomos para 65 no período integral. O período integral não é deixar o aluno lá como um depósito de aluno e criança. É atividade desde ensino, transferência de conhecimento, atividade física, alimentação, qualificação, enfim. Todo o cuidado para que o jovem e a criança possam estar numa escola pública com qualidade, e o pai e a mãe tranquilos. Com isso, nós estamos qualificando o aluno, gerando emprego para o profissional da educação porque nós precisamos de mais professores e mais cuidadores, mais merenda, mais infraestrutura. Lá ele vai sair qualificado, aprendendo o que é básico, mas aprendendo também uma nova língua, como o inglês e espanhol, aprendendo a informatização e a robótica. Esses investimentos têm de continuar e ampliando, cada vez mais, as Etecs, Fatecs e os convênios com os municípios para a reforma, ampliação, desde creche como também escolas do ensino médio, de qualificação, para adentrar ao mercado de trabalho.
De que maneira apoiar os municípios e os prefeitos a também ampliarem as escolas em tempo integral nas cidades?
Hoje, nós temos uma Legislação Federal que criou o Fundeb e isso foi muito bom porque nós temos uma receita que é exclusiva e própria só para a educação. Então, o Fundeb, 25% no mínimo, tem que ser gasto de toda a arrecadação de cada município com a educação. O estado de São Paulo é o único estado da nossa federação que a sua constituição estadual determina 5% a mais. Não são só 25, são 30%. Então, nós temos recurso do Fundeb que é possível em convênios em parceria com o estado, união e os municípios investirem mais na educação. Isso está acontecendo, desde construção de novas escolas, novas creches, qualificação dos nossos professores, melhoria na qualidade do ensino. Você vê que a maioria dos professores já tem o seu notebook, os alunos estão recebendo o seu notebook e as lousas já são digitais. É esse tipo de investimento que nós vamos continuar defendendo, investir no ser humano que é o nosso professor e professora, investir no aluno, uniforme, merenda, material escolar, tênis, equipamentos de informática, investir em prédio público, prédio apropriado, com ar-condicionado, merenda boa, assessoria de profissionais qualificados, para que o aluno saia formado e com o emprego garantido da nossa rede tanto estadual como municipal de educação.
Dalben, o tema agora é segurança pública. Quais são as medidas urgentes a serem tomadas nessa área?
Eu vejo que nós temos de trabalhar em dois francos. O primeiro franco é a contratação de novos profissionais.
Está defasado na questão de investigadores, escrivão, delegados, policiais civis e policiais militares. A pandemia acabou atrasando dois anos a abertura de novos concursos. Estamos correndo atrás disso. O governo do estado já fez concurso para policial civil e policial militar, mas ainda está aqui a necessidade. Nós temos vários distritos aqui nesse corredor nosso de Campinas, Hortolândia, Sumaré, Nova Odessa, Americana, Paulínia, Santa Bárbara d’Oeste, Monte Mor, com defasagem de policial. Nós temos de suprir isso para não sobrecarregar os que já estão. Outra questão são os prédios que estão defasados, sem condições. A gente avançou muito. Várias delegacias e distritos policiais já tiveram seus prédios reformados. Hoje, estão reformados e também aquisição de novas viaturas. Nós conseguimos trazer novas viaturas descaracterizadas e caracterizadas para ajudar no policiamento e na investigação. Outra questão que eu tenho como tão essencial como essa de equipes é dar ao trabalhador condições dignas de vida, uma moradia decente, um bairro decente, com boa iluminação, sem esgoto a céu aberto, sem buraco na rua, sem mato. O cidadão e a cidadã com trabalho digno, recebendo o seu salário, bem alimentado e seu filho com uma escola boa, com área de lazer. Então, é um conjunto de ações que nós temos de trabalhar. Ter a polícia, mas ter a parte social. Então, é essa visão do deputado Dirceu Dalben.