sábado, 21 setembro 2024

Israel Alexandre defende igualdade de oportunidades

Pré-candidato a deputado estadual pelo PSDB é o terceiro entrevistado da série da Rede TODODIA 

Israel Alexandre concede entrevista ao editor-chefe do TodoDia, Paulo Medina (Foto: Reprodução / Tododia imagem)

A Rede TODODIA continua a série de entrevistas com pré-candidatos a deputado estadual e federal na região, por meio do programa “Sua voz, sua vez, seu voto”, que trata da relevância do voto e a observação de propostas de candidatos locais. 

O terceiro entrevistado é o pré-candidato a deputado estadual Israel Alexandre (PSDB), que ocupou a direção do Detran (Departamento Estadual de Trânsito) por cinco anos e destaca ser autor da “Lei dos Desmanches”.

Nascido em Americana e formado em Direito pela USP, Israel, que é filho do ex-vereador de Americana e atual parlamentar em São Paulo, João Jorge (PSDB), elencou verbas estaduais que viabilizou para a região, principalmente para Americana, Nova Odessa e Santa Bárbara d’Oeste. Ele falou sobre educação e também opinou a respeito do cenário político nas eleições deste ano. O conteúdo do programa pode ser visto em multiplataformas: jornal impresso, TV TODO DIA e portal de notícias TODODIA (www.tododia. com.br). 

TODODIA: Israel, por quais motivos você se colocou como pré-candidato a deputado estadual?

 ISRAEL ALEXANDRE: Eu já ressaltei e é importante falar de novo. Tenho uma ligação com a vida pública e a política há muito tempo. Desde pequeno acompanho meu pai. Ele foi vereador em Americana e candidato a prefeito. Quando fiz faculdade, logo me meti na política acadêmica. Quando me formei, me especializei em direito público e direito eleitoral. Eu não tinha a pretensão de ser pré-candidato até pouco tempo atrás. E aí tem uma confluência de vários fatores que resultaram nessa decisão. Primeiro, eu participando da vida pública e vendo a necessidade de recursos bases para algumas camadas da população, eu senti que poderia contribuir mais do que eu estava contribuindo. Além disso, eu me senti preparado para isso. Não me sentiria confortável sendo candidato logo depois da faculdade. Eu quis, primeiramente, me envolver na minha profissão e na minha carreira, e agora me tornar pré-candidato.

Você citou uma afinidade com a área da Educação.

Entre essas necessidades básicas da população, eu escolhi a educação como prioridade, até por minha experiência e história. Eu enxergo a educação como a única prioridade que pode transformar o Brasil. Eu falo isso porque estudei em escola pública. Em Americana, estudei no Dilecta. Depois no Maggi e no Heitor Penteado. Apesar de achar que as escolas eram boas na época, sabemos das dificuldades que os estudantes da escola pública têm para competir em condições de igualdade com alunos da rede privada, que têm mais condições de pagar por uma boa educação. Consegui entrar na universidade mais concorrida do país no curso de Direito na USP (Universidade de São Paulo). Eu sei que sou um ponto fora da curva, uma exceção. Vi isso quando entrei na faculdade, onde 99% dos meus amigos tinham estudado a vida inteira num colégio particular de ponta e caro. Eu gostaria de dar minha contribuição na posição em que estiver ocupando para que mais alunos de escola pública, do Maggi, do Heitor Penteado, do Dilecta, consigam entrar numa universidade privada ou pública e tenham mais condições de chegar no mercado de trabalho com uma boa formação. Acho que temos de ter um olhar muito atento para a escola pública, tentando formar cidadãos e profissionais melhores.

A respeito da reforma da Rodoviária Municipal de Americana. Recentemente, a vereadora Nathália Camargo (Avante) anunciou a reforma e mencionou a sua atuação no auxilio das intermediações junto ao Estado para conquistar esse recurso. Você já tem informação se esse recurso já chegou aos cofres da prefeitura?

Na verdade, o recurso não chegou ainda porque a Lei Eleitoral impede a transferência voluntária de recursos e assinaturas de novos convênios agora. A vereadora tinha essa demanda. Ela nos procurou e sabemos que o estado está investindo muito. Trabalhei até o mês de março no governo e tenho relação direta com o governador, sabendo da possibilidade do governo atender a demanda. Eu já fui usuário da rodoviária e ainda uso de vez em quando, sei da necessidade de modernização, de novos comércios e de trazer vida à rodoviária. O governo do estado já liberou. Não houve a transferência, mas já está certo e só aguardar o trâmite: a prefeitura apresentar o projeto e o estado aprovar, assinar o recurso e liberar o recurso. A liberação do recurso virá após as eleições.

Em Nova Odessa, você auxiliou o presidente da Câmara, o Pelé (PSDB). Foram cerca de R$ 500 mil para o campo da Vila Azenha, com iluminação e reforma?

Foi muito parecido também. O Pelé é um amigo de Nova Odessa e ajuda a cuidar desse campo e tinha uma demanda. Não tinha iluminação, como outras reformas que faltavam, como o vestiário. Eu também sabia que o governo do estado poderia ajudar com uma verba para a infraestrutura. Acho muito importante o investimento em esporte e lazer. Levamos a demanda dele e conseguimos ser atendidos. Está liberado e também fica suspenso até às eleições para assinatura do convênio. A Prefeitura de Nova Odessa já visitou o campo para apresentar o projeto ao governo. Já está oficialmente liberado.

Santa Bárbara d’Oeste teve um anúncio de R$ 1 milhão. Vai ser para a infraestrutura?

Lá ainda está um pouco atrás porque já existia o pleito do prefeito para uma praça, uma área importante. Mas está em fase de projeto. Já tem a sinalização verde do governo do estado. Esse anúncio eu deixo ao prefeito.

Tem algum recurso para Americana, NO e SBO que você possa adiantar?

Tem bastante coisa em andamento, mas eu prefiro deixar para quem fez a demanda anunciar. Sou um mero ajudante auxiliar para abrir os caminhos. Como eu disse, o governo do estado está investindo pesado em várias áreas, como infraestrutura e moradia. No que eu puder ajudar, sabendo em que programa do governo se encaixa, vou bater na porta do secretário. Eu tenho acesso à informação de que tal programa está andando bem e aponto para as cidades sobre o encaixe nos programas.

Você tem observado qual cidade com uma atenção um pouco mais especial?

Eu sou de Americana, as relações da cidade são mais próximas com Santa Bárbara d’Oeste e Nova Odessa. O trabalho está focado nessas três cidades. Sem prejuízo, sempre que puder, ajudar as outras cidades como Sumaré, Hortolândia e Campinas, onde tenho ótimos amigos. E fora essa região, pelo fato de ter feito faculdade em São Paulo e meu pai ser vereador na cidade, a gente tem trabalhado bastante na capital.

A respeito do cenário político e das últimas movimentações, como você avalia o pré-candidato Márcio França (PSB) recuar e admitir que vai apoiar o Fernando Haddad (PT)? Já era esperado dentro do partido e do grupo de apoiadores?

Era muito esperado já. O ex-governador Márcio França tem um percentual até bom nas pesquisas por conta de um recall que ele tem. Foi governador há quatro anos, candidato a prefeito. Então é um nome fácil de ser lembrado quando ele é mencionado em pesquisa de opinião. Mas política não é só isso. Sabemos da importância de coligação e de partidos. A gente avaliava que ele não tinha muita base de sustentação e naturalmente teria uma queda nas pesquisas. De um lado tem o Haddad, junto com o Lula (PT) que está dentro dessa polarização nacional. Do outro lado, o Bolsonaro (PL) que trouxe do Rio de Janeiro um cara pra ser candidato em São Paulo, mas que por ser um representante do presidente, tem seu desempenho razoável nas pesquisas.

No centro, temos o atual governador Rodrigo Garcia (PSDB), que tem o maior arco de alianças partidárias e o maior número de prefeitos apoiadores, mais de 500. Seria natural que o Rodrigo Garcia crescesse nas pesquisas e o Márcio França perdesse os pontos obtidos nas pesquisas e apoiasse o Haddad.

Você acha que foi uma decisão acertada o Geraldo Alckmin (PSB) se aliar ao Lula?

É difícil julgar as razões dos outros. Eu trabalhei no governo Geraldo Alckmin. Pra quem já foi eleitor dele é estranho. Não é natural e parece uma situação forçada ele aparecer ao lado do Lula e fazer discurso de “Viva à CUT (Central Única dos Trabalhadores)”. Causa estranheza tanto pra quem vê de fora e quanto pra quem é do mundo político.

Entre Bolsonaro e Lula, qual a sua opinião, visto que uma terceira via não vingou?

É difícil esperar alguma novidade há tão pouco tempo das eleições. Acredito que a polarização em si é muito ruim, por ter menos opção. Já começa o governo dividido quando a disputa é entre dois lados opostos mais ao extremo.

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