Candidato a deputado estadual pelo PSDB, Israel Alexandre defende a valorização salarial do professor
O programa “Sua Voz, Sua Vez, Seu Voto”, da Rede TODODIA, ouviu as propostas do candidato a deputado estadual Israel Alexandre (PSDB). Israel afirmou que lutará para ampliar o ensino integral nas escolas da região, a valorização salarial dos professores e frisou a importância do ensino técnico. Confira a entrevista:
TODODIA: Se eleito, como você pretende melhorar a infraestrutura da saúde nos municípios?
ISRAEL ALEXANDRE: É através de cobrança, de trabalho, de buscar o secretário, o governador e lutar junto aos prefeitos. É muito possível ser aliado dos prefeitos e os prefeitos têm as suas demandas. Isso a gente tem visto que funciona. Construir projetos juntos, saber qual é a necessidade, a demanda e a necessidade do município, virando um aliado desse município e do prefeito na busca por soluções e por recurso. Posso citar como exemplo, recentemente, eu estive na inauguração junto com o governador Rodrigo Garcia, da Unacon, especializada em Oncologia, que é uma demanda muito antiga, não só da cidade de Americana, mas da região e veio para suprir uma lacuna do atendimento oncológico na rede pública. Então, a gente tem que identificar as demandas, os gargalos, onde está precisando mais, identificar bons projetos dos municípios, dos prefeitos e virar aliado desses prefeitos na busca por investimento das demais esferas do poder para que esses bons projetos se concretizem. É com isso que eu me comprometo e podem contar comigo.
Você tem andado nas ruas. Quais problemas de saúde você identificou que a população tem solicitado mudanças e você pretende trabalhar da forma legislativa?
O que mais me chamou atenção foi o tempo de espera por consultas ou por cirurgias eletivas. Às vezes no começo elas são eletivas, aí demora tanto tempo, que depois no final ela já nem é mais eletiva. A demora para quem precisa de uma consulta ou de um procedimento cirúrgico, é a principal demanda que eu tenho encontrado. Até nisso, a telemedicina pode funcionar como uma triagem também, o profissional avalia primeiro pela telemedicina com uma consulta remota e se ele, na própria consulta, verificar que o paciente precisa de uma consulta presencial, do atendimento presencial urgente, ele já vai encaminhar isso para o hospital e isso já vira uma prioridade, já entra na fila de demandas urgentes, que na verdade nem deveria ser uma fila, deveria ser um pronto atendimento. Então, o principal fator de insatisfação da população é com a demora nos agendamentos de consultas e das cirurgias.
Quais são as suas principais ideias para educação pública do estado e para nossa região?
Esse tema é prioridade para a sociedade, pensando no futuro do país. A gente tem falado bastante e vamos falar muito ainda. Eu acredito que o futuro da educação, o futuro do país, é o futuro da educação, que ele passe necessariamente pelo ensino em período integral, então, essa é uma das principais bandeiras que eu pretendo defender. Há quatro anos no estado de São Paulo, no início desta gestão, acho que tinha menos de 100 escolas em período integral e hoje está chegando em 400, 500 escolas em período integral até o final do ano. Nós temos mais 2 mil escolas estaduais, a gente vê que é um bom começo chegando a um quarto das escolas em tempo integral, mas isso tem que ser melhorado, a ideia é que isso seja estendido para todo o ensino público. A criança, quando passa mais tempo na escola, além dela aprender mais, tem mais tempo de estudo, ela também se alimenta melhor em regiões carentes, que nem sempre os pais têm condições de estar com o filho em casa e de estar garantindo a segurança alimentar, então a gente sabe que é bom para os pais, que muitos estão no mercado de trabalho e não têm condições de ficar com os filhos o período do dia, então o filho fica às vezes sozinho em casa, vai para a rua, é muito melhor que essa criança esteja na escola estudando, aprendendo, segura, se alimentando, sem ter envolvimento com a criminalidade. Então eu acho que esse é o melhor projeto que a gente tem, é o caminho, claro que existem outros projetos dentro da área da educação, inclusive dentro da escola de período integral, mas eu acho que a principal bandeira, principal caminho a garantir que as crianças fiquem mais tempo nas escolas.
Como sensibilizar o governador enquanto deputado a ampliar o número de escolas em período integral para a região?
Eu não sei quem vai ser o próximo governador, espero que continue o atual, pois o atual governador ele já é muito sensível a isso, já está dentro do programa de governo dele, mas tendo ele ou não, eu vou estar lá como deputado para cobrar quem quer que seja, e principalmente, para cobrar que esse programa seja aplicado aqui na região. É um programa que está crescendo, está sendo bem avaliado, já começou a dar resultado. Das dez escolas estaduais melhores no ranking do Ideb, todas elas são escolas em período integral, então já é um programa que está comprovando ser acertado, já está dando resultado. Então eu sei que o atual governo já é sensível a esse tema, mas, independentemente do governo que seja o próximo, o papel do deputado, principalmente o deputado comprometido com a educação, é estar lá, cobrar, mostrar os resultados, é trabalhar junto aos municípios também, novamente como na área da saúde, trabalhar junto aos municípios para buscar que os programas das escolas sejam trazidos para as cidades que a gente representa, então vou estar lá buscando, trabalhando, cobrando e sendo parceiro dos municípios para investimentos em escolas, e principalmente, que a gente tenha escolas em período integral, todas elas. O objetivo é chegar em 100% das escolas em período integral no Estado de São Paulo.
Quanto aos professores, quais são as suas propostas especificamente para essa categoria?
A gente sabe o que o professor quer, é uma categoria muito dedicada. Eu sou muito grato aos professores que encontrei ao longo da minha vida. Eu estudei em escola pública aqui na cidade de Americana, no Dilecta, no Maggi, e no Heitor, e todos esses professores foram importantes na minha formação para chegar até aqui. O professor tem de ser valorizado, acho que são duas as demandas principais, muito justas inclusive, que são: melhores salários e também uma qualificação contínua do professor. Os professores passaram muito tempo com reajustes salariais ou congelados ou abaixo da inflação, no período ainda de pandemia que a gente teve uma crise de arrecadação de dois, três anos atrás, ficou ainda mais evidente e os professores foram novamente penalizados.
Você avalia como possível um aumento real para os professores estaduais a partir da próxima legislatura na ALESP?
Eu acredito que sim! Tem que ser, e isso sim é uma questão de priorizar, nós somos realistas, não são todas as demandas que o governo consegue atender, existem limitações orçamentárias, aquela história do cobertor curto, e o estado funciona dessa forma, mas como eu falei que a minha prioridade é educação e dentro da educação a gente tem que priorizar a valorização do professor sim, eu vou defender isso porque eu acho que é extremamente necessário, principalmente por toda a penalização que essa categoria profissional já sofreu em anos anteriores, então existe uma necessidade de agora valorizar o professor.
Quanto ao ensino técnico, de que maneira você pretende contribuir para o aumento de vagas aqui na microrregião?
A gente sabe que muitas pessoas, a maioria delas, até quando saem do ensino médio, não conseguem pagar uma faculdade, não conseguem entrar numa faculdade pública. A universidade pública financiando o estudo, justamente de quem tem condições de pagar por um ensino particular. Por que estou falando disso? Quando a gente fala de ensino técnico, é uma das ideias de ter o ensino em período integral e aliar o ensino técnico com ensino médio no período integral. Qualquer aluno que quisesse, sairia já do ensino médio com um curso técnico, uma profissão. O mercado de trabalho hoje que a gente vive, ele também tem uma demanda muito grande de profissionais técnicos, existem vagas abertas que muitas vezes não são preenchidas por ausência de profissionais qualificados. Ele vai ter possibilidade de ter um bom emprego e pagar por uma faculdade, inclusive de forma imediata, pois o primeiro emprego é o maior desafio que o jovem encontra. O ensino técnico vem para suprir justamente isso, mas não só para quem precisa, quem quer fazer uma faculdade e precisa de um emprego para pagar por essa faculdade.