Deputado federal e pré-candidato à reeleição pelo PSDB elencou principais ações dos mandatos
A campanha “Sua voz, sua vez, seu voto”, ação da Rede TODODIA que visa trazer o maior número de informações sobre os pré-candidatos a deputado estadual e federal da região para o eleitor, recebeu esta semana o deputado federal Vanderlei Macris (PSDB), pré-candidato à reeleição. Macris destacou sua atuação em favor da aprovação da Lei da Ficha Limpa e defende o voto aberto para perda de mandato na Câmara Federal. Tem 50 anos de vida pública e 12 mandatos seguidos. Macris também defende o voto distrital e comentou como a influência de cinco décadas trouxe recursos e conquistas para a RMC (Região Metropolitana de Campinas).
TODODIA: Macris, pela primeira vez o PSDB não terá um cabeça de chapa na disputa presidencial. São novos tempos para o PSDB?
VANDERLEI MACRIS: Eu sempre tive uma participação partidária em todo o tempo da minha vida política, mas ela foi muito estreita. Fiquei no MDB. Fui para o PSDB e estou até hoje. Mantive uma coerência de postura democrática dentro do partido democrático MDB; e social democrático depois no PSDB. Eu acredito na economia de mercado. Sou um liberal nesse ponto, mas entendo também que o Estado Brasileiro deve atuar na direção das preocupações com os mais carentes em projetos sociais importantes, como foi o caso quando gerenciamos o país pelas mãos do Fernando Henrique Cardoso (ex-presidente do Brasil). Um democrata como era ele no partido, governando o país de maneira liberal na economia, mas com programas sociais importantes.Essa dificuldade que nós tivemos de fechar hoje um nome para presidente da República é porque nós tínhamos um candidato escolhido em prévia no partido, que era o João Dória (PSDB). Ele foi governador de São Paulo por um bom tempo, quase quatro anos. Agora é o Rodrigo Garcia (PSDB). E esse tempo de gestão que tiveram o Dória e o Rodrigo Garcia foi extremamente positivo. Estamos tendo os resultados de uma gestão competente voltada aos interesses dos paulistas e criando condições para que pudesse ter cada vez mais qualidade de vida no Estado. O próprio Dória sentiu que tinha dificuldades por ter tomado decisões importantes para o estado e até de maneira injusta, no meu ponto de vista, ele foi sacrificado não só internamente, mas também fora do partido. Ele próprio reconheceu isso e deixou a disputa presidencial.
Sobre o seu voto favorável a Lei da Ficha Limpa e pelo encerramento do foro privilegiado. Por que optou por essas decisões?
Porque não tem o que esconder. A pessoa que tem o mandato público, ela tem responsabilidades com a confiança que a sociedade deposita e precisa agir de maneira correta. Isso é obrigação de qualquer político, com coerência ,retidão e seriedade. Você não pode imaginar que um candidato dentro de um partido tenha processos em andamento e seja acusado ou tenha denúncias do Ministério Público. A Lei da Ficha Limpa impede que essa pessoa seja candidata. Se não tiver a ficha limpa, o Tribunal tem todas as condições de impedir uma candidatura como essa. Não fiz nada além da minha obrigação ao evitar que os malfeitores se utilizem do mandato popular para defender seus interesses pessoais e de grupos. A Lei da Ficha Limpa também impede alguém que foi prefeito de uma cidade e teve as contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), não pode ser candidato, ou tenha cometido improbidade.
Nesses 50 anos de vida pública você não teve nenhuma condenação, nenhum processo e foi um dos parlamentares mais bem avaliados na atuação política. Essa é a receita para a reeleição?
Eu tenho 50 anos de vida pública, doze mandatos e atribuo o meu sucesso como parlamentar sempre eleito à coerência que tenho. Eu tenho nomes na vida pública que foram referências como o Franco Montoro, Mario Covas, Fernando Henrique Cardoso, parceiros e amigos meus. Nós trabalhamos juntos e eu tenho o maior orgulho. São doze vezes seguidas de vitórias nas urnas. Isso me dá um orgulho grande. As pessoas sabem que quando estão votando para o Vanderlei Macris não vão ter surpresa negativa porque vou fazer o que sempre fiz: defender os interesses da minha cidade, da minha região e das cidades que me elegem.
O seu mandato foi bem regionalizado. Essa é uma identidade sua?
Eu fiz isso desde o meu primeiro mandato. Eu tenho a convicção de que o mandato tem duas vertentes importes: primeiro, você representar as cidades que te elegem, eu sou um deputado distrital porque tenho uma articulação muito forte na região; depois, na representação seja na Assembleia ou na Câmara Federal, ser coerente e ter seriedade para não frustrar os eleitores, então, procuro fazer essas duas coisas.
Você teve atuação em todas as gestões trazendo verbas e investimentos?
Como tenho vários mandatos, passei por vários prefeitos: Ralph Biasi, Tebaldi, Frederico Mulher, Carrol Meneghel, Omar Najar mais recentemente e agora o Chico Sardelli. Todos esses prefeitos não necessaria mente estavam no meu partido, mas eu tenho uma lógica. Por exemplo, nas últimas eleições meu filho Rafael Macris (PSDB) foi candidato a prefeito junto com o Chico Sardelli. Nós disputamos às eleições, cada um para o seu canto. O Chico Sardelli ganhou a eleição e fiz o que sempre tinha feito anteriormente: procurei o Chico Sardelli e o cumprimentei pela eleição. Reconheci a legiti–midade do mandato dele com mais de 40 mil votos e disse: acabou a eleição, vamos virar a página e pensar na cidade. Disputamos a eleição e estamos juntos para o bem da cidade. Uma cidade como Americana, reconhecida recentemente como a melhor cidade em qualidade de vida do estado e a sétima do Brasil. Eu tenho grande orgulho de ter participado dessa luta de anos e anos e colaborar com a cidade. E a cidade sempre elegeu muitos deputados. Nós chegamos a ter quatro deputados em Americana. Eram quatro deputados e hoje só tem eu e a cidade tem essa possibilidade de ser considerada uma cidade de qualificação no ponto de vista de qualidade de vida. O tempo diz claramente. Nós sempre tivemos poder político na cidade. O que funciona hoje para ter recursos e investir em educação, saúde, segurança pública, viário e área social, você não pode só depender de orçamento municipal. Precisa de recurso do estado e do Governo Federal. Se não tiver representantes nessas duas esferas… Eu vivi isso a minha vida inteira ajudando a cidade. Todos os orçamentos dos meus sete mandatos como deputado estadual e dos meus quatro atuais com deputado federal, foi visando orçamentos e programas do estado e federal para beneficiar a cidade de Americana e região.
Macris, o que mais você trouxe de importante para a região?
A criação da Região Metropolitana de Campinas (RMC), por exemplo, foi um projeto que eu era o presidente da Assembleia. O Mário Covas era governador. Ele tinha um pouco de dúvidas.
Em 15 dias estava com a proposta e documentos na mão, assinados por todos os prefeitos da região. E foi com o prefeito de Campinas Chico Amaral que conseguimos mostrar ao Mário Covas a necessidade. Aqui em Americana, a Unacon (Unidade de Tratamento de Câncer), eu diria que foi uma das mais importantes demandas que eu me envolvi de maneira integral e conseguimos viabilizar. Falei com o Chico Sardelli, juntamos as forças e convencemos o estado. O Rodrigo Garcia veio inaugurar. O Cauê Macris ajudou bastante na Casa Civil, hoje ele é chefe da Casa Civil. Nós tivemos a oportunidade de dar para Americana, Santa Bárbara d’Oeste e Nova Odessa a condição de fazer um tratamento de quimioterapia que precisava ir até Barretos, Rio Preto, São Paulo. Era um sofrimento para quem precisava de uma quimioterapia. Isso foi uma grande conquista deste meu atual mandato. Outras tantas. A estação de tratamento de esgoto de R$ 30 milhões que eu consegui do Governo Federal está aí pronta e entregue. A captação nova de água de Americana. O tomógrafo novo que chega aqui no Hospital Municipal de mais de R$ 2,5 milhões, R$ 25 milhões que conseguimos para o prefeito Chico Sardelli fazer um recape da cidade toda, R$ 3 milhões para fazer um projeto de trânsito. É muita coisa porque a cidade tem um deputado. Essa é a grande importância da cidade e região ter parlamentares e possa ampliar os representantes para manter o poder político que Americana sempre teve.