Candidato a deputado estadual, Ricardo Molina também destaca união com Tarcísio de Freitas
Candidato a deputado estadual pelo Republicanos, o empresário Ricardo Molina elencou, em entrevista ao programa “Sua Voz, Sua Vez, Seu Voto”, propostas para a saúde, como a reativação de leitos e empenho legislativo para construir relações que beneficiem a região, e segurança pública, como a valorização das polícias Civil e Militar. Confira a entrevista:
TODODIA: Candidato, as eleições já começaram, a campanha já está na rua. Efetivamente, quais são suas propostas para a saúde pública?
RICARDO MOLINA: Olha eu fico muito tranquilo para falar de saúde, são mais de 15 anos dedicados à área de saúde. Para falar sobre proposta de saúde, nós precisamos olhar regionalmente, e nós temos as cidades Americana, Santa Bárbara, Nova Odessa, Sumaré, nós estamos numa grande região. Nós somos uma região com mais de 800 mil habitantes, então nós temos que avaliar muitas vezes a saúde pública não individualmente por cidade, mas pela região. Então, quando eu olho dessa forma, como eu enxergo regionalmente, como a gente consegue enxergar regionalmente, a gente vê pontos falhos muito grandes e aí eu posso apontar, por exemplo, a cidade de Santa Bárbara d’Oeste que não tem até hoje UTI neonatal, UTI para criança. Uma cidade com 220 mil habitantes, uma cidade que deveria ter uma UTI neonatal, então você vê que a cidade, além de prejudicar a própria população, isso acaba envolvendo as outras cidades. É responsabilidade principalmente do Governo do Estado. Na saúde pública, é importante citar que a responsabilidade do município é o primeiro atendimento, é a cirurgia eletiva, é aquele pronto atendimento. A cirurgia de alta complexidade, principalmente as mais avançadas, elas são feitas através do Governo do Estado, então quando a gente olha Americana, Santa Bárbara e Nova Odessa, de imediato essas são as demandas.
De que forma o deputado estadual pode ajudar nisso?
Através de recursos e parceria. Então, nós temos que procurar Santa Bárbara d’Oeste, sentar com pessoal de Santa Bárbara, juntamente com a Santa Casa, que faz um trabalho excelente, assim como o prefeito da cidade, pra gente viabilizar essa UTI, porque ela precisa ser viabilizada não só com relação a equipamentos, mas a manutenção dela e hoje quando você tem uma UTI cadastrada no Ministério da Saúde, você tem uma remuneração para isso. Então, é viável se manter uma UTI financeiramente, sem contar as vidas que já foram perdidas. A mesma coisa para situação de Nova Odessa, que precisa ter a UTI, e quando eu falo que precisa ter os outros equipamentos envolvidos, então essas, na minha opinião, são ações que independente do mandato, eu já tenho brigado, e eu tenho certeza que com a nossa possível vitória, a gente possa acelerar isso, porque independente do governador, o deputado estadual ele tem uma verba que chama verba impositiva, que ele escolhe para onde vai.
O deputado estadual, hoje ele tem em torno de oito milhões por ano para distribuir conforme a sua necessidade e principalmente dos municípios. Então, isso dá para ser feito. Eu não falaria aqui coisas que não dá, estou falando coisa que dá para ser feito, porque o investimento pra UTI é em torno de R$ 800 mil. Então, dá para ser feito. Com relação a casos emergenciais, na minha situação, eu vejo dessa forma. E aí, você tem outro problema que chama o Cross, que é o Centro de Regulação de Atendimento à Saúde do Governo do Estado. Então, quando as cidades têm esse primeiro atendimento e você tem uma alta complexidade ou até mesmo não tem UTI como o caso Santa Bárbara d’Oeste e Nova Odessa, ele vai para uma fila, a fila do Cross.
O pessoal que passa por isso sabe o quanto é angustiante isso. E essa fila é o Estado que determina onde você vai ser atendido, então para isso ele precisa liberar espaço em algum lugar para que a pessoa possa ser atendida, hoje aqui na Região Metropolitana de Campinas nós temos mais de 70 mil pessoas na fila do Cross, é um número muito alto e totalmente desproporcional.
Então, se olhando regionalmente você começa a equilibrar as regiões, você começa a equilibrar o atendimento e à medida que você equilibra, você consegue ter um fluxo de atendimento, mas o Cross também tem que andar. E pro Cross andar, você tem que melhorar a estrutura de alta complexidade, tem que ter mais leitos disponíveis, tem que ter mais centro cirúrgico disponível.
Essas pessoas estão na fila porque elas precisam de atendimento, então precisa ser atendido, então precisa ser encarado de frente isso, então eu defendo um aumento da estrutura, e isso pode ser feito sim, através de parte do Governo do Estado, através do deputado estadual, a relação com o prefeito, com a população, que a gente pode fazer isso.
O objetivo do deputado estadual é melhorar a vida das pessoas e aí ele tem a população do lado dele, tem o prefeito do lado dele, para que as coisas efetivamente possam andar.
Molina, você acredita, fazendo uma avaliação da atual legislatura da Assembleia Legislativa, que faltou fiscalização por parte dos deputados, especialmente na área da saúde?
Eu entendo que não foi feito um trabalho dedicado a isso. Eu estou falando especificamente da Região Metropolitana de Campinas. Então, nós precisamos reunir as lideranças políticas aqui da região junto com o governo de São Paulo e colocar um planejamento. Porque não adianta também a gente sair fazendo. A gente tem que fazer um planejamento em 4, 6, 8 mãos, para que a gente possa avançar. O que eu acho que faltou na minha opinião é a gente ter essa organização regional, alguém puxar essa responsabilidade e essa responsabilidade tem que ser puxada pelo deputado, porque o prefeito está olhando pela sua cidade, e muitas vezes, por exemplo, se você coloca uma UTI na cidade de Santa Bárbara d’Oeste, Americana acaba sendo beneficiada. Porque as pessoas não são transferidas mais pra cá, então, mas o prefeito não tem autonomia de fazer isso com relação a outra cidade, então, na minha concepção, o que falta é puxar responsabilidade, é bater no peito e falar “vamos resolver esse problema?”
Quais são as suas ideias para a segurança pública de São Paulo?
É importante citar que a segurança pública é uma responsabilidade do Estado. Quando a gente fala responsabilidade do Estado, a gente está dizendo que é o governador de São Paulo que é responsável pela Segurança Pública do Estado. Mesmo assim, nós temos uma polícia aqui, para mim, eu gosto de chamar de polícia, mas que é extremamente eficiente, que são as guardas municipais. As guardas municipais que têm a responsabilidade de guardar os patrimônios da cidade, de cuidar dos patrimônios da cidade, têm um trabalho exemplar. Eu, particularmente hoje, não consigo enxergar qualquer cidade sem a Guarda Municipal. Particularmente acho que não podemos abrir mão nunca, pelo contrário, precisamos inclusive rever algumas coisas para que ele tenha mais liberdade para poder trabalhar. Aí, nós temos a Polícia Civil e a Polícia Militar. Nós temos uma condição no Estado, que primeiro é em relação à falta de efetivos. Por que essa falta de efetivo acontece? Por causa de duas formas.
Primeiro, a condição, a valorização do salário dos policiais, o Estado de São Paulo, apesar de ser o Estado mais rico do Brasil, o Estado de São Paulo é o 5º pior salário do Brasil. E um estado como São Paulo não pode ser quinto colocado em salário para os policiais, tem que ser referência. Assim como os professores, é o 13º pior salário do Brasil. Então, nós precisamos é de valorização.
Então, quando a gente fala de Polícia Militar e Civil, nós temos uma situação que é extremamente desconfortável, que é o plano de carreira. O que acontece? O policial, ele se prepara, ele se qualifica, e pela meritocracia ele devia assumir novos postos e até postos avançados, mas infelizmente as indicações políticas não permitem que isso aconteça. Então, imagina você, você se capacitar, você fazer curso, você se habilitar a assumir, por exemplo, uma Seccional, como é o caso da Civil, ou até mesmo um comando. E ele, no momento que você vai fazer isso, vem uma indicação política e não te dá essa função.
Tudo que eu tenho colocado aqui, já é de conhecimento do Tarcísio e muito dessas condições já estão no plano de governo dele. Inclusive obras paradas aqui, da nossa região, que a gente conhece muito bem. Então, efetivamente não existe um percentual, mas como o Tarcísio é um cara que conhece muito bem esse segmento, tanto militar, como civil, ele sabe dessa realidade.
O meu governador se chama Tarcísio de Freitas. O governador que é do meu partido, que é o partido Republicanos.