Candidato a deputado estadual pelo PV, Martins elencou propostas e olhar voltado ao turismo e cultura
O programa “Sua Voz, Sua Vez, Seu Voto”, da rede TODODIA, ouviu as propostas do candidato a deputado estadual pelo PV, Thiago Martins, que atualmente é presidente da Câmara de Americana e vereador que exerce seu segundo mandato. Martins destacou ideias voltadas para áreas como saúde, educação, cultura, turismo e acessibilidade e frisou que pretende ser “o novo deputado” da região.
TODODIA: Thiago, primeiramente o que o motivou a ser candidato a deputado estadual?
THIAGO MARTINS: O motivo de ser candidato a deputado estadual foi não só experiência na vereança ou o contato que nós sempre tivemos com os deputados estaduais e federais pelo motivo de eu estar na vida pública acompanhando sempre o então deputado Chico Sardelli (PV) que hoje é prefeito da cidade Americana. Nós sempre tivemos um bom relacionamento com alguns deputados da região. No ano passado, eu fui eleito vice-presidente do Parlamento Metropolitano na RMC (Região Metropolitana de Campinas). Dentro do Parlamento, são mais de 20 cidades aonde a gente se encontra mensalmente e acaba discutindo ali as reivindicações, demandas e necessidades de cada município. Dentro disso, a gente viu a necessidade não só de Americana, Santa Bárbara e Nova Odessa, mas a região metropolitana é uma região que tem mais de 3 milhões e 300 mil habitantes. Uma das regiões de maior PIB do Estado de São Paulo, muito rica que se desenvolve muito. Porém, há necessidade de ter representantes que olhem para essa região. Então, essa foi a necessidade e o interesse de me colocar à disposição como candidato a deputado estadual nessas eleições de 2022.
Sobre saúde pública. Quais são suas ideias para a saúde, especialmente na RMC?
A saúde pública é uma discussão muito ampla. A saúde pública é prioridade de qualquer município, como também é um problema muito sério tanto em nível federal, estadual e municipal. É difícil você hoje encontrar qualquer tipo de cidade que está com a saúde tudo bem. Até porque os recursos que são investidos na saúde são menores do que o que é gasto. Vou dar um exemplo aqui do hospital da nossa cidade. Nós temos um hospital municipal que o custo dele é em torno de um pouco mais de R$ 2,5 milhões por mês e ele recebe do SUS em torno de R$ 700 mil. Então, nunca fecha a conta. A saúde não só precisa de uma fiscalização ostensiva, de uma fiscalização de perto do deputado, acompanhar realmente o governo do Estado em termos de repasses, mas também buscando parcerias, verbas, convênios, emendas para ajudar os municípios da região. No âmbito municipal, a descentralização é isso que tá acontecendo na nossa cidade. Você tirar do hospital, seja municipal ou estadual, e voltar a ter os postos de saúde, UBS, os pronto-atendimentos para poder dar aquele primeiro atendimento, aquele primeiro cuidado para pessoa que ela precisa para depois ver se há necessidade de ir até o hospital. Agora, em termos regionais, a gente fazer inverso e centralizar. Um exemplo é a Unacon, que foi inaugurada há poucos dias em Americana. Muitas pessoas que infelizmente estão passando por uma doença tão grave, que é o câncer, tinha de entrar numa Kombi e viajar por 200, 300 e 400 km, seja em Jaú, Barretos ou até mesmo em São Paulo. É um sofrimento muito grande na hora de você fazer uma quimioterapia, radioterapia, e depois tem de fazer essa viagem. A saúde precisa de uma atenção cada vez melhor e mais próxima dos homens públicos.
Com relação ao desenvolvimento econômico. De que maneira avalia que o deputado estadual pode contribuir com esse setor?
Não tenha dúvida. Na verdade, eu digo que o deputado estadual pode tocar em todas as áreas e modalidades que estejam dentro do município, ele tem como ajudar. O desenvolvimento econômico não é diferente. A gente precisa sim valorizar muito as empresas que têm dentro da cidade. Precisamos buscar novos parceiros, mas primeiramente incentivar os que estão no município porque os pequenos e médios empreendedores empregam também. Vamos buscar parcerias e buscar as secretarias que têm envolvimento na parte de desenvolvimento para mostrar que Americana é muito bem localizada. Nós estamos numa área ao lado de Campinas e do Aeroporto de Viracopos. Nós temos literalmente duas rodovias que atravessam a nossa cidade: a SP-330, que é a Rodovia Anhanguera, temos a Luiz de Queiroz também. Então, são duas rodovias que ligam Piracicaba, Campinas, Ribeirão Preto. Nós estamos num meio aqui da região metropolitana que tem muito a crescer e desenvolver. Como deputado estadual a gente vai conseguir ajudar e fomentar muito o desenvolvimento da nossa região.
Quais são suas propostas para acessibilidade?
Na acessibilidade eu tenho feito um trabalho muito bacana. Dentro dos mandatos como vereador, eu aprovei alguns projetos na cidade de Americana que acabaram se tornando referência. Não só aqui na cidade, mas na própria região. Entre eles, a vaga exclusiva para autista, o cordão de girassol, os carrinhos adaptados dos supermercados (uma lei que a gente tem desde 2017 e acabou tornando referência para vários municípios) para chamar a atenção e realmente ter uma conscientização. Talvez para gente aquela vaga não é muito importante, mas para quem precisa é. A hora que a pessoa precisa, aquilo tem de estar vago e aberto para a pessoa que realmente precisa utilizar. A Câmara Municipal de Americana foi a primeira Câmara do Estado de São Paulo a se adaptar e trazer a vaga especial para autista. Hoje você chega na Câmara Municipal de Americana nós temos lá duas vagas especialmente para quem tiver acompanhando, seja uma criança ou um adolescente, seja um adulto que tiver o TEA (Transtorno do Espectro Autista).
Você foi ligado à cultura ao longo da sua trajetória. De que maneira você pretende incentivar o setor, caso seja eleito deputado estadual?
Antes da política, eu venho da área de cultura. Eu sempre trabalhei com evento, sempre fomentei vários shows para a cidade, encontro automobilístico. A própria Festa do Peão de Americana, onde eu passei por mais de 10 anos administrando. Eu digo que é algo que Americana está há um período abandonada. Estou dizendo Americana porque a gente convive aqui e vive o dia a dia da cidade, hoje como presidente da Câmara. Mas digo Americana abrangendo a região. Na região, poucos eventos acontecem e poucos shows porque veio a pandemia. Já estava sendo um segmento que vinha enfraquecendo aos anos. Quando veio a pandemia, teve essa paralisação e acabou de matar literalmente a cultura, o entretenimento e o turismo das cidades. Dentro do conhecimento que a gente tem, uma bagagem de mais de 20 anos, a gente trouxe para Americana também alguns projetos que estão fazendo a diferença. Um exemplo não só na cultura, mas também no segmento do esporte, o PAE (Programa Amigo do Esporte), o PACT (Programa Amigo da Cultura e do Turismo). São projetos que regulamentam a parceria público-privada. Então, você pega a empresa privada que quer trazer para o município, seja numa produção, num evento ou numa divulgação. Você regulamenta a situação da empresa para poder ajudar a cidade. Acho que nós temos que fomentar cada vez mais porque nós sabemos a dificuldade que tem nos municípios da própria receita em criar eventos e atividades. A maioria dos prefeitos prioriza a saúde, educação. A cultura, o turismo e o próprio esporte acabam ficando para segundo plano. O nosso objetivo como deputado é sim focar muito nessas áreas sem esquecer a saúde, educação, mobilidade urbana. Nós estamos numa região muito privilegiada. Uma região turística. Nós temos aqui represas, por exemplo, a represa do Salto Grande, a Praia dos Namorados, a Praia Azul. Em Campinas, o Taquaral. Em Limeira, nós temos o bosque. Tem grandes atrações turísticas, porém, o turismo é pouco explorado. Então, acho que a gente precisa sim utilizar a estrutura do estado e utilizar do governo para que fomente isso e traga as pessoas para conhecer o que a gente tem de bom porque quando você recebe o turismo você traz verba e gira a economia do município. Você gera emprego, renda, empreendedores. Nós temos muito turismo a ser explorado na nossa região.