sexta-feira, 24 janeiro 2025

Atacante boliviano processa a Ponte Preta

Com um ano de estadia no Majestoso e apenas 25 minutos jogados em duas partidas com a camisa da Ponte Preta (contra Botafogo em 2017, pelo Brasileirão, e diante do CRB neste ano), o atacante boliviano Luis Ali deu entrada na Justiça Trabalhista com uma ação para pedir um pagamento total de R$ 1,5 milhão em virtude de atraso de salários, ausência de depósito do FGTS (Fundo de Garanti do Tempo de Serviço) e a ausência de quitação do direito de imagem. O pedido foi impetrado no dia 25 de outubro e está sob a responsabilidade do advogado Filipe Orsolini de Souza.

De acordo com a descrição da ação, o jogador acertou um salário total de R$ 45 mil mensais, sendo que R$ 27 mil seriam pagos na carteira de trabalho e outros R$ 18 mil como direito de imagem. “(…) Com a possibilidade atuar no mercado do futebol brasileiro, o Reclamante prontamente aceitou a proposta da Reclamada e veio ao Brasil para as formalidades necessárias. Ao se apresentar na Reclamada para a assinatura de contrato, o Reclamante foi informado que receberia parte do salário na pessoa física, com contrato de trabalho e anotação na CTPS, e outra parte do salário por intermédio de pessoa jurídica, mediante a emissão de notas fiscais, a título de imagem”, descreve a petição apresentada pelo advogado que representa o jogador.

O texto afirma ainda que, como Luis Ali não tinha registro de pessoa jurídica no Brasil, lhe foi sugerido que as notas fiscais fossem emitidas por seus empresários.

O texto informa sobre a lesão do atleta, que rompeu o Tendão de Aquiles em treinamento realizado no dia 11 de setembro do ano passado e cuja recuperação plena foi determinada no dia 10 de maio desde ano. O seu contrato foi prorrogado até o dia 10 de agosto, mas sem pagamento de luvas.

O histórico exposto fez o advogado encaminhar o seu pedido de indenização. O texto detalha outros pedidos, como os recursos provenientes de um período de estabilidade a que teria direito o jogador boliviano e que não teria sido cumprido pela Ponte Preta e que compreenderia de julho deste ano até março de 2019, o que geraria uma divida de R$ 499.644,04.

Ao somar pedidos de pagamentos por danos morais e com os saldos de salários, o valor total do pedido é de R$ 1.549.589,81.

Apesar de recusar-se a revelar a sua estratégia de defesa em relação a ação trabalhista, o Departamento Jurídico da Ponte Preta informou ontem à tarde que analisará com atenção o teor da denúncia e que “não tolerará quaisquer alegações ou pedidos que não sejam verídicos nas ações propostas”.

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