quinta-feira, 6 fevereiro 2025

Campeão, Palmeiras mostra repertório

 Goleada histórica sobre o São Paulo na final do Paulistão, no domingo, comprovou poderio ofensivo do Verdão

(Foto: Fábio Menotti/Palmeiras)

O Palmeiras de Abel Ferreira massacrou o São Paulo, por 4 a 0, na final do Campeonato Paulista, no domingo (3). E o fez apostando muito no seu poderio ofensivo, com 19 finalizações oito na meta contra nove chutes do time tricolor, que acertou o gol de Weverton duas vezes. Teve também a bola 50% do tempo, mesmo tendo aberto 2 a 0 já na primeira etapa dados da ESPN.

O Palmeiras jogou três decisões em 2022: contra o Chelsea, no Mundial; na Recopa Sul-Americana, contra o Athletico-PR; e a final do Paulista, contra o São Paulo. Em cada uma, o time se portou de um modo completamente diferente.

Contra os ingleses, Abel escalou uma linha de seis jogadores na defesa e claramente se defendeu mais do que atacou. Jogou de modo reativo e, com essa estratégia, segurou um empate em 1 a 1 com o campeão europeu até o minuto 117 do jogo, na prorrogação, quando os Blues tiveram um pênalti apontado pelo VAR.

Já contra o Furacão, na vitória por 2 a 0, o time de Abel ficou mais tempo com a bola e jogou atacando, tentando ditar as ações da partida. Foram nada menos que 23 chutes para o gol do goleiro wSantos, sete deles na direção correta.

Contra o São Paulo, Abel mesclou dois movimentos distintos. Primeiro, buscou sufocar a saída tricolor para o jogo, com muita pressão de todos os jogadores do meio e do ataque. Já quando chegou ao ataque, chegou a fazê-lo com até seis jogadores ao mesmo tempo. Ao ponto de “dobrar” pelo lado do campo, usando, por exemplo, Scarpa e Piquerez no ataque em uma mesma jogada pela esquerda.

O time do técnico português vai ganhando confiança e apresentando repertório variado à medida que os meses passam. Com entrosamento entre os jogadores e entendimento claro dos planos de jogo do técnico, que vai mostrando que pode montar o Palmeiras de diversas maneiras.

No domingo, depois de uma vitória arrasadora, Abel preferiu elogiar o projeto palmeirense como um tudo. “Sou uma peça, mas uma peça dentro de um relógio que tem sido consistente. Temos uma estrutura de futebol que dá todo o apoio, uma diretoria que trabalhou para que o jogo seja aqui, nossos torcedores… Sem eles, hoje, era impossível a virada. Eles fizeram a parte deles muito bem feita. Nós, com o empurrar deles, foi o que assistimos em campo hoje. Fomos muito melhores que o São Paulo. No Brasil, jogar em casa ou fora é diferente. Hoje fomos muito fortes”, afirmou.

DUDU
Desde que voltou ao Palmeiras – estava emprestado ao Al Duhail, do Qatar -, em julho do ano passado, Dudu já conquistou três títulos: a Copa Libertadores da América, a Recopa Sul-americana e agora o Campeonato Paulista. Na opinião do atacante, a fase atual é a melhor em todo este período.

Em entrevista ao “Jogo Aberto”, da TV Band, Dudu contou que fez um trabalho especial para se aprimorar fisicamente, pois voltou com uma defasagem neste sentido. O atacante ainda avaliou que tem evoluído desde a chegada ao Palmeiras, em 2015. “É o melhor momento [desde o retorno]. Eu sabia que tinha que aprimorar a parte física. No Qatar, não é a mesma intensidade, o mesmo ritmo de jogo. Eu cheguei ano passado, no meio do ano, depois de 45 dias de férias. Agradeço o pessoal da parte física, fisiologia, a nutricionista, me ajudam muito. Eu treino muito, chegou uma hora e meia, duas horas antes do treino. Isso [o momento] é fruto de um trabalho de longo prazo”, disse em participação no programa, nesta segunda (4).

“Desde 2015, quando cheguei no Palmeiras, estou evoluindo e criando uma história muito bonita no clube”, completou.

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