Cássio fez um desabafo ontem. Em sete temporadas com a camisa do Corinthians, ele nunca tinha enfrentado uma situação delicada como a atual, com risco de rebaixamento no Brasileiro.
O goleiro, de 31 anos, admite que está muito incomodado. E vê a reta final do Nacional como uma série de nove decisões para o alvinegro -a primeira delas, neste domingo, em Salvador, contra o Vitória, um adversário direto na luta contra a descenso.
“Temos que ganhar. A situação incomoda. É minha sétima temporada aqui e nunca estive nesse ponto da tabela. Temos que trabalhar, corrigir os erros, errar o menos possível e ganhar. Não adianta fazer cálculos”, afirmou o camisa 12 corintiano.
O arqueiro prefere evitar a matemática, mas a torcida não para de fazer contas. A mais básica delas é a seguinte: o Corinthians precisa somar, pelo menos, mais 11 dos 27 pontos que estão em disputa até o fim do campeonato.
Desta forma, o alvinegro, que soma atualmente 35 pontos, terminaria o torneio com 46, pontuação com a qual nenhum time caiu desde quando o Nacional passou a ter 20 clubes, em 2006.
“Podemos até brigar por uma vaga de pré-Libertadores. São nove decisões, a primeira é no domingo. Temos que pontuar”, disse Cássio, para amenizar a situação.
A semana do goleiro, aliás, vem sendo de altos e baixo. Se agora ele releva sua preocupação com o risco de rebaixamento, até quarta-feira sonhava em se tornar o jogador com mais títulos na história do Corinthians.
O goleiro não conseguiu o seu nono caneco pelo clube porque o Corinthians acabou derrotado pelo Cruzeiro na decisão da Copa do Brasil. Apesar da tristeza, Cássio sabe que não há tempo para ressaca ou lamentações.
“É hora de matar no peito, de se ajudar mais ainda, de tentar caprichar mais. Tentar melhorar, corrigir os erros. É trabalhar para subir na tabela”, afirmou o arqueiro.