quinta-feira, 25 abril 2024

CBAt deve mais de R$ 700 mil a 93 atletas

DEMÉTRIO VECCHIOLI | FOLHAPRESS
A CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo) tem uma dívida de mais de R$ 700 mil (US$ 183 mil) com 58 atletas brasileiros e 35 estrangeiros que participaram do GP Brasil, em julho, em Bragança Paulista (SP). Por conta dessa dívida, a confederação pode perder a chancela da federação internacional, a IAAF, que desde 1990 coloca o Brasil na lista dos principais eventos da temporada.

O GP Brasil tem o selo de “IAAF World Challenge”, o segundo mais importante do atletismo mundial, atrás apenas da Diamond League. O calendário do ano que vem prevê nove meetings com este selo, sendo um no Japão, um na Jamaica, o GP Brasil em Bragança Paulista, e os demais na Europa. Mas, para manter esse direito, os organizadores têm algumas obrigações. Uma delas, de pagar no mínimo US$ 200 mil em prêmios, no prazo máximo de 30 dias.

A CBAt, porém, não cumpriu com essa responsabilidade e vem sendo cobrada por agentes de atletas estrangeiros e por clubes brasileiros. Participaram da competição 66 brasileiros e 58 gringos, principalmente de outros países sul-americanos, jamaicanos, norte-americanos e quenianos. Desses, somente oito brasileiros e 23 estrangeiros receberam as premiações.
Ter um meeting World Challenge será estratégico a partir do ano que vem, quando a IAAF estreia um novo modelo de ranking mundial, classificatório para grandes competições, como os Jogos Olímpicos. Os resultados serão pontuados levando em consideração tempo/marca, classificação e importância do torneio. Competir em casa tende a fazer a diferença para classificar brasileiros para Tóquio.

PROMESSA
A confederação alega que teve uma série de dificuldades nos últimos meses e que toda a premiação será quitada quando a Caixa Econômica Federal depositar a parcela de dezembro do contrato de patrocínio. A Caixa empresta seu nome à competição: Grande Prêmio Brasil Caixa de Atletismo.

Para 2018, a CBAt contava com um repasse de R$ 400 mil do Ministério do Esporte, que pagaria aéreo e translado dos atletas internacionais, além de telão e outros custos. O convênio chegou a ser aprovado e assinado, mas não foi publicado no Diário Oficial. Ou seja: a CBAt não recebeu o dinheiro.

Para tentar resolver a situação, a CBAt marcou uma assembleia extraordinária para o dia 27 de dezembro, uma quinta-feira, em Guarulhos.

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