sexta-feira, 19 abril 2024

Cuca acerta contas com o passado

Cuca entra na sala de imprensa para falar com os jornalistas e começa a mexer em chuteira colocada sobre a mesa por um patrocinador. Em seguida a coloca no lugar. Não é acaso. É um ritual. Passou a fazer isso no início de série invicta do Santos que já dura nove partidas.

Conhecido como um dos personagens mais supersticiosos do futebol brasileiro, ele jura não ser uma cisma.
“Do que me colocam como supersticioso, sou só 10%. É tudo folclore, brincadeira. Eu não ligo”, afirma o treinador, caindo na gargalhada.

Pode ser divertido, mas quando assumiu o Santos, no final de julho, a situação não era nada engraçada. O time estava na zona de rebaixamento, com sérios problemas de rendimento em campo e mergulhado na crise política.

A equipe hoje está em nono na tabela e não teme o rebaixamento. Pensa em classificação para a Libertadores de 2019.
Ele sabe o momento em que a reação começou. Foi em 15 de agosto, na partida de volta das quartas de final da Copa do Brasil. Apontado como zebra, o Santos venceu o Cruzeiro por 2 a 1 e só foi eliminado nos pênaltis.

Hoje, o time paulista volta ao estádio para enfrentar o mesmo rival, mas pelo Brasileirão.

“Aquele jogo no Mineirão deu a confiança para o pessoal saber que a gente podia [crescer]”.

Com superstição ou não, Cuca retornou à Vila Belmiro para acertar contas com o passado. É sua terceira passagem pelo clube. Como jogador, foi contratado em 1993 e não conseguiu ajudar a acabar com um jejum de títulos que na época já durava nove anos. Um problema crônico no púbis o atrapalhou.

Chegou como técnico em 2008 depois de ficar dois anos e meio no Botafogo. Durou apenas 40 dias.

“Eu estava no Botafogo na quarta e na quinta vim para o Santos. Não tinha como dar certo. Eu precisava de um tempo para descansar. Por isso que queria voltar para o Santos. Estava com muito tesão de trabalhar aqui. Foi um dos poucos lugares em que não consegui fazer um bom trabalho”, constata.

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