A demissão do coordenador do departamento de contratos, registros e transferências de atletas, Felipe Nóbrega, 31, que há 11 anos trabalhava no Santos, causou revolta nos bastidores do clube da Vila Belmiro.
A saída do funcionário na terça, mesmo dia da punição do clube pela Conmebol, foi vista internamente como forma de usá-lo como um bode expiatório para preservar profissionais contratados pelo presidente José Carlos Peres. O mandatário convive com um processo de impeachment no clube.
Na visão de pessoas de diferentes áreas do Santos, Peres quis se eximir de culpa pelo caso ao escolher um profissional sem ligações com ele como responsável pela escalação irregular de Carlos Sánchez na Copa Libertadores.
Após ter o empate em 0 a 0 da partida de ida transformado em derrota por 3 a 0, na terça-feira o time foi eliminado pelo Independiente (ARG) nas oitavas de final.
PACAEMBU
A Secretaria Municipal de Esportes e Lazer de São Paulo emitiu uma nota oficial ontem na qual lamenta as cenas de violência e vandalismo na partida entre Santos e Independiente, pela Libertadores, realizada no Pacaembu na noite da última terça. O órgão também informou que o clube paulista será responsabilizado pelos danos causados no estádio
Inconformados com a punição dada pela Conmebol ao time da Baixada Santista em razão da suposta escalação irregular de Carlos Sanchéz no jogo de ida entre os clubes, torcedores santistas quebraram cadeiras, soltaram bombas e tentaram invadir o gramado durante o jogo -alguns tiveram êxito.