Depois de um mês pressionado por causa da queda no Campeonato Paulista, Fernando Diniz tem uma semana mais tranquila no São Paulo. Os últimos resultados, com destaque para a vitória sobre o Corinthians no domingo, fizeram as críticas internas reduzirem.
Embalado pelos recentes triunfos, o técnico ostenta o melhor retrospecto da chamada “era Leco”, que dura desde outubro de 2015, quando Carlos Augusto de Barros e Silva assumiu a presidência. Ele tenta manter a boa fase diante do Atlético-MG nesta quinta-feira (3), em confronto às 20h, no Mineirão.
No momento, o comandante tem 57,4% de aproveitamento dos pontos disputados, com 18 vitórias, 8 empates e 10 derrotas.
Quem mais chego perto de tal marca foi o uruguaio Diego Aguirre, que dirigiu o time em 2018 e obteve o índice de 55,8% – foram 19 triunfos, 15 empates e 9 derrotas.
O número que mais chama atenção é em relação aos clássicos.
Desde setembro do ano passado no cargo, Diniz tem 57% de aproveitamento em jogos contra arquirrivais – três vitórias, três empates e apenas uma derrota.
O desempenho é o melhor desde a passagem de Emerson Leão entre 2004 e 2005, que obteve 62,5% – quatro vitórias, três empates e um revés.
Curiosamente, uma das principais críticas a Diniz é amparada no fato de ele jamais ter conseguido se firmar em um clube grande. Os retrospectos dele no Athletico-PR e no Fluminense foram ruins. Outra crítica recorrente diz respeito ao sistema tático.
O treinador era questionado por causa das mudanças na equipe e do posicionamento de alguns jogadores.
No entanto, desde a troca no sistema defensivo contra o Sport – com a alteração de quatro jogadores -, o time tricolor engatou uma série de três vitórias. O desempenho de Diego Costa e Léo Pelé na zaga também foi bastante elogiado.
Empolgados com o triunfo da equipe no domingo (30), até os candidatos à presidência do clube, Julio Casares e Roberto Natel, enviaram para os demais conselheiros vídeos comemorando e destacando o feito do time.
Mesmo durante o período de crise mais agudo, após a vexatória derrota para o Mirassol nas quartas de final do Paulista, e durante o início inconstante no Brasileiro, os diretores do departamento de futebol, Raí e Alexandre Pássaro, deram o seu apoio para Diniz.
No entanto, em outros setores do clube tricolor, a pressão era grande para a troca de comando técnico. Agora, resta saber até quando o time vai manter a boa fase para seguir sob calmaria no Morumbi.
Diante do Atlético-MG, Diniz pretende manter o time que venceu o Corinthians, apesar de ter Vitor Bueno, recuperado de problemas musculares, novamente à disposição. Arboleda, desfalque nos dois últimos jogos, também será opção no banco de reservas.
O Atlético de Jorge Sampaoli também terá quase todo seu elenco disponível, com exceção dos lesionados Nathan e Diego Tardelli.