sexta-feira, 26 abril 2024

Federação e atletas em queda de braço

DEMÉTRIO VECCHIOLI | FOLHAPRESS
A natação mundial está vivendo uma queda de braços sem precedentes. De um lado, a Fina (Federação Internacional de Natação), que se diz a única entidade com permissão para realizar eventos internacionais. De outro, alguns dos principais nadadores da atualidade, interessados em participar de um novo e lucrativo torneio no final do ano. Entre eles, uma disputa política.

O torneio em questão é o Energy for Swim, que seria disputado entre 20 e 21 de dezembro em Turim, na Itália. O evento está intimamente ligado a Paolo Barelli, presidente italiana e a LEN (Liga Europeia de Natação). Barelli foi derrotado na eleição da Fina de 2017 e pretende voltar a carga no próximo pleito, em 2021. Até lá, quer se firmar como antagonista do uruguaio Julio Maglione.

O Energy for Swim é uma dessas cartadas. A ideia era reunir boa parte da elite da natação mundial na Itália, em piscina curta, depois do Mundial também de piscina curta, que acontecerá de 11 a 16 de dezembro, na China. Pelo menos 17 campeões olímpicos eram esperados em Turim. Mas a Fina avisou que não reconhece a competição, avisando que pode suspender por até dois anos quem dele participar.

No Brasil, a CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) emitiu comunicado esta semana para replicar a mensagem da Fina. “Até que haja manifestação expressa da Fina em contrário, a CBDA não recomenda que seus filiados participem do referido evento, sob pena de aplicação de sanções administrativas, que podem levar até mesmo a eventual suspensão da equipe e/ou atleta”, informou a entidade.

O problema é que parte da natação mundial está disposta a pagar para ver. O britânico Ben Proud, mais dominante da natação masculina na atualidade, é um que já disse que irá a Turim. Para o esporte, seria péssima ideia uma punição que o tirasse de eventos como o Mundial do ano que vem.

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