quarta-feira, 24 abril 2024

‘Patinho feio’ e o automobilismo

O ronco do motor de um carro pode ser incômodo ou pode ser música para os ouvidos. A depender do nível de paixão por velocidade, também pode ser um sonho. E foi a imaginação que reuniu quatro amigos com o mesmo objetivo: criar um carro de corrida a partir de sucatas de um Fusca. A história com ares de ficção aconteceu em Brasília no fim dos anos 1960. O enredo virou filme e chegou às telas de cinema de todo o País. Com sessão às 19h, “O Fantástico Patinho Feio” está em cartaz no Cinemark do Shopping Iguatemi, em Campinas.

“Esta é uma história de empreendedorismo, paixão, fé, força e muito suor derramado”, conta um dos personagens, Alex Dias Ribeiro. O documentário retrata a aventura de Alex, Helládio Toledo, Zeca Vassalo e João Luis.

Em 1967, os amigos construíram um carro de corrida em apenas 21 dias para disputar a prova dos 500 Km de Brasília. Na época, segunda competição automobilística mais importante do Brasil. Contrariando todas as perspectivas, a turma subiu ao pódio e comemorou o segundo lugar.

Em entrevista ao TODODIA, o ex-piloto de Fórmula 1, Alex Ribeiro, afirma que o filme é o resgate histórico de um cenário até então pouco lembrado: a juventude que viveu os primeiros anos de Brasília. Ele descreveu a capital federal com entusiasmo.
“Na década de 1960, a construção de Brasília representava o sonho do Juscelino (Kubitschek, então presidente do Brasil), o sonho dos meus pais, o meu sonho e de meus amigos”, recordou.

Criadores do “Patinho Feio”, nome dado à criatura de aparência esquisita, relembram conquistas e partilham emoções. Do sucesso alcançado à fundação da Oficina Camber, por onde passaram outros pilotos, em destaque, Nelson Piquet e Roberto Pupo Moreno. “A Camber é símbolo de gerações. De Piquet e Roberto Pupo a Nelsino Piquet, Felipe Nasr e Vítor Meira. Transformamos a vida de muita gente. Se não como piloto, pessoas que se realizaram como mecânicos e jornalistas esportivos”, comemora.

Para Ribeiro, ver a história no cinema “faz com que muitas pessoas conheçam parte do que fizemos pelo automobilismo no Brasil. Isso é muito importante. Porque fica nosso legado para as próximas gerações”, comentou.
Dirigido por Denilson Félix, o documentário venceu prêmio de melhor longa-metragem do 50º Festival de Brasília, em 2017.

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