sábado, 23 novembro 2024

Pedro Barros é prata no skate park em prova com brilho australiano

Ele conseguiu 86,14 pontos e vibrou muito com a conquista  

Pedro Barros durante a final do skate park em Tóquio. Foto: Breno Barros/rededoesporte.gov.br

Maior nome do skate park do Brasil, Pedro Barros, 26 anos, ganhou a medalha de prata na primeira vez que a modalidade entrou nas Olimpíadas. Ele conseguiu 86,14 pontos e vibrou muito ao saber que estaria no pódio. Kegan Palmer, da Austrália, ficou com o ouro com 95,83 pontos, e Cory Juneau foi bronze com 84,13 pontos.

Na fase eliminatória, Pedro Barros passou na quarta colocação. Ele conseguiu a pontuação para avançar a final com facilidade e não sofreu dramas. O atleta é de Florianópolis e cresceu no Rio das Pedras, praia no Sul da ilha.

Ele se destacou desde pequeno e com 14 anos conseguiu o primeiro pódio no X-Games. Antes de Tóquio-2020, o atleta falou que iria tentar dar seu melhor skate e, caso conseguisse este objetivo, estaria na briga por medalhas.

“A gente vem lutando a nossa vida inteira. Estou rodeado por pessoas maravilhosas, que lutaram para fazer da minha vida, uma vida melhor. Olha esta bandeira. O Brasil pode ser visto, às vezes, de cabeça para baixo, mas o skate park nas Olímpíadas e a minha história podem servir de exemplo para mostrar ao povo brasileiro que está nas nossas mãos construir um país melhor. Com amor, união e respeito, a gente consegue. A batalha pode ser dura, podemos cair de várias vezes no chão, mas a missão é buscar um lugar melhor”, destacou o agora medalhista olímpico ao SporTV.

Ele é filho de André Barros, um entusiasta do lifestyle e que antes da prova enviou uma mensagem de sorte para o filho e destacou que o importante era ser feliz nas Olimpíadas.

A final

Após brilharem na classificatória, os brasileiros chegaram com muita moral na decisão. Luizinho foi o melhor colocado, seguido do australiano Kieran Woolet e dos compatriotas Pedro Quintas e Pedro Barros. Portanto, um pódio totalmente verde e amarelo não era um sonho distante. Mas não foi o que aconteceu.

É que, desde a primeira volta, o australiano deixou claro que veio para garantir o ouro. Ele tirou 94,04 e aumentou demais a exigência para os adversários. Antes de se tornar campeão ele ainda aumentou suas notas na terceira volta, com 95,83, a maior das Olimpíadas.

Pedro Barros veio logo em seguida, já sabendo do alto nível de exigência para roubar a primeira colocação. Em sua volta inicial ele conseguiu logo a nota que garantiu a medalha de prata: 86,14. Nas demais, ele tentou melhorar com manobras mais arriscadas, mas não obteve êxito.

O desempenho precoce do australiano, inclusive, colocou forte pressão em todos os competidores. Pedro Quintas deixou isso bem claro. Ele foi para o tudo ou nada e se arriscou bastante, mas sofreu quedas nas três voltas e ficou coma última colocação.

O último dos brasileiros a entrar na pista foi Luizinho, líder da fase classificatória. Ele manteve o bom desempenho e notas das classificatórias, o que não foi suficiente para assegurar medalha. Ele ainda teve o último ato para encaixar sua maior nota, mas o 83,14 na pontuação o deixou na quarta colocação.

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