Projeto foi idealizado pelo astro do motocross, o piloto Gene Fireball
Um grupo de atendidos pelo CPC (Centro de Prevenção a Cegueira) de Americana participou ontem do projeto social Kart Terapia, no Kartódromo Internacional de Nova Odessa. O projeto, idealizado pelo astro do motocross reconhecido internacionalmente, Gene Fireball, consiste em trazer aos participantes a sensação de participar de uma equipe de automobilismo. Os participantes podem conhecer a sensação de estar em um box, conhecer o funcionamento das equipes e do kart, além de irem para a pista acompanhados do Gene.
Na ação realizada nesta quinta-feira (27), as pessoas assistidas pela instituição – algumas totalmente cegas e outros com visão parcial, puderam experimentar a emoção de estar dentro de um kart e percorrer a extensão do kartódromo. O projeto teve início atendendo os alunos da APAE de Americana.
Segundo o idealizador, o objetivo do projeto não é apenas levar os participantes para andar de kart, mas demonstrar que o esporte também é inclusivo e que todos podem fazer parte deste universo. Para essa ação, o kart é adaptado com dois bancos, sendo um atrás do outro. No traseiro há um volante falso (sem opção de controle) para que o participante tenha uma sensação mais realista.
Gene diz que a ideia de promover a ação surgiu há seis anos, mas somente em 2022, com apoio de colaboradores, conseguiu tirar o projeto do papel e levar para as pistas. “Só Deus sabe o quanto isso me faz bem. Eu só tenho a agradecer a oportunidade de promover nosso projeto e estar junto de todos nesse momento”, disse.
Gene ainda reforça que o projeto a princípio acontece apenas na região de Nova Odessa, mas que pretende levar o Kart Terapia para todo o território brasileiro.
André Mendes, professor do CPC, afirma que a participação de deficientes visuais em atividades promove a inclusão e melhora a qualidade de vida dessas pessoas. “O processo de reabilitação envolve várias fases e essa parte é um desses fatores, é a vivência dessas pessoas, mesmo com suas limitações, a espaços que antes não lhe eram “permitidos”, afirma Mendes.