segunda-feira, 6 maio 2024

Retrospecto de Gallardo é ótimo para São Paulo

Marcelo Gallardo, 44, comanda o River Plate, o time mais dominante da América do Sul nesta década. Mas às 19h desta quinta (17), contra o São Paulo pela terceira rodada da fase de grupos da Libertadores, o técnico volta a pisar em um palco no qual ele nunca venceu: o Morumbi.

Desde 2014, quando assumiu o clube argentino, o treinador levou a equipe a três finais de Libertadores e em duas, 2015 e 2018, conquistou o título – no ano passado, foi vice diante do Flamengo.

Nas três campanhas em que o River alcançou a decisão do torneio, a equipe deu importantes demonstrações de força quando veio ao Brasil.

Venceu por 3 a 0 o Cruzeiro no Mineirão nas quartas de final em 2015, e bateu o Grêmio por 2 a 1 em Porto Alegre na semi em 2018. Em ambas as ocasiões, o clube argentino havia perdido o jogo de ida, em Buenos Aires, e precisou buscar fora de casa a classificação.

Além dessas duas grandes vitórias, o River Plate também conseguiu empates em outras edições da Libertadores, contra Flamengo, no Maracanã, e Internacional, no Beira-Rio.

Na última vez em que Marcelo Gallardo visitou o Morumbi, no entanto, pela fase de grupos da Libertadores de 2016, saiu derrotado.

Com dois gols do argentino Jonathan Calleri, ex-Boca Juniors, o São Paulo comandado por Edgardo Bauza, venceu por 2 a 1. O cenário daquele triunfo, com pouco mais de 51 mil torcedores nas arquibancadas, será bem distinto ao desta quinta, com a proibição de público em razão das medidas sanitárias impostas para o período de pandemia.

O histórico de Gallardo na casa tricolor, porém, é mais antigo e remete à época em que ele jogava pelo River Plate.

Sua primeira partida no Cícero Pompeu de Toledo aconteceu em 1997, na final da Supercopa Libertadores – torneio da Conmebol com clubes campeões da Libertadores.

Na capital paulista, os argentinos conseguiram segurar o 0 a 0 até o final e levaram a decisão para Buenos Aires. Com a vitória por 2 a 1 (dois gols do chileno Marcelo Salas, Dodô descontou para o São Paulo), o River Plate se sagrou campeão. Gallardo foi titular nos dois confrontos.

Após uma primeira experiência na Europa, onde defendeu o Monaco, da França, Gallardo voltou em 2003 ao River.

Naquele ano, ajudou o time a chegar à final da Copa Sul-Americana. Na semifinal, reencontrou o São Paulo, e voltou a sofrer dentro do Morumbi, apesar de conseguir a classificação para a final.

Os argentinos haviam vencido a partida de ida por 3 a 1, no Monumental de Nuñez. Gallardo marcou duas vezes e Diego Barrado completou o marcador – Gustavo Nery descontou para o São Paulo.

No jogo da volta, na capital paulista, o time paulista reagiu e venceu o River Plate por 2 a 0, gols de Rico e Diego Tardelli. Como não o gol fora de casa não contava como critério de desempate, a decisão foi para a disputa por pênaltis.

O confronto desta quinta-feira será o primeiro jogo oficial do River Plate desde 7 de março, quando empatou em 1 a 1 com o Atlético Tucumán, na última rodada do Campeonato Argentino.

Desde que voltou da paralisação, a equipe do técnico Fernando Diniz já disputou 13 partidas. Uma diferença que Marcelo Gallardo reconhece como obstáculo, mas que não o impede de acreditar em uma boa apresentação do River contra o São Paulo. “Estou convencido de que vamos ser competitivos. Não vamos para lá especular, vamos nos portar da melhor forma possível, como fazemos sempre, em condições anormais e com desvantagem, mas vamos ser competitivos”, disse Gallardo, em busca de sua primeira vitória no Morumbi.

Volpi admite falha

Na véspera da reestreia do São Paulo na Libertadores, o goleiro Tiago Volpi voltou a falar com a imprensa, pela primeira vez desde o clássico com o Santos no sábado (12), em que falhou ao sofrer o segundo gol do rival, segundo ele próprio admitiu.

“Assumo a responsabilidade porque era uma bola defensável, mas não executei a defesa. O erro foi meu pelo gol, não pela formação da barreira, como muitos falaram muito. Fico triste por termos deixado de ganhar os três pontos em uma decisão técnica minha”, disse nesta quarta (16).

O goleiro ponderou, no entanto, que o erro ficou para trás e já mirou se superar diante do River Plate nesta quinta (17), às 19h, pela terceira rodada da fase de grupos da competição continental. “Para mim, faz parte do passado, agora é pensar bem no tipo de decisão a ser tomada. Não estou 100% satisfeito com a minha volta após a paralisação por causa da pandemia. Acho que posso evoluir e ajudar mais.”

 

Receba as notícias do Todo Dia no seu e-mail
Captcha obrigatório

Veja Também

Veja Também