quarta-feira, 24 abril 2024

Revolta une clubes contra a Conmebol após falha de juiz

A equivocada expulsão do zagueiro Dedé na derrota do Cruzeiro para o Boca Juniors por 2 a 0 na última quarta-feira, na Argentina, pela Libertadores, colocou em alerta mais uma vez relação dos clubes brasileiros com a Conmebol.

Palmeiras e Santos se uniram ao Cruzeiro diante do descontentamento com a entidade que comanda o futebol sul-americano.

E a utilização do VAR (o juiz pediu o auxílio do árbitro de vídeo no lance da expulsão do zagueiro Dedé após choque com o goleiro Andrada) aumentou o tom de indignação dos clubes brasileiros.

Wagner Pires de Sá, mandatário do clube mineiro, foi até o Paraguai para uma reunião com Alejandro Dominguez, presidente da Conmebol. “Nós vamos fazer uma representação junto à Conmebol contra a decisão do juiz [Eber Aquino, do Paraguai]. A nossa indignação foi demonstrada não só por nós, mas por toda a imprensa.”

A CBF também considerou grave o erro do árbitro e enviou uma carta cobrando explicações à Conmebol.
O Palmeiras, que briga com o Colo-Colo por uma vaga nas semifinais da Libertadores, apoiou os cruzeirenses.

“É uma situação do futebol brasileiro. Os clubes têm de se unir, têm de estar mais próximos, debater os assuntos com o representante do Brasil na Conmebol”, afirmou o presidente palmeirense, Maurício Galiotte.

O advogado Mario Bittencourt, que defendeu o Peixe no caso Sánchez, usou a sua rede social para criticar: “Agora que viram a covardia com o Cruzeiro, a revolta é geral, mas tardia e ineficaz! Faz tempo que os brasileiros vêm sendo violentados dentro e fora do campo”.

Nesta Libertadores, o Santos acabou eliminado após uma punição extra-campo. A equipe empatou com o Independiente na ida, mas a Conmebol alegou que o volante Carlos Sánchez foi escalado irregularmente e decretou derrota por 3 a 0.

O caso repercutiu também entre a arbitragem. Até o ex-juiz Javier Castrilli, conhecido por ter apitado um polêmico Corinthians e Portuguesa em 1998, saiu em defesa do zagueiro cruzeirense Dedé.

“Ele não tinha intenção de atingir o goleiro do Boca Juniors. Não tinha que dar nem o amarelo.”

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