sábado, 20 abril 2024

Sem ter resultados, Verdão quase empata com Flamengo em reforços

Os torcedores e jogadores do Palmeiras terminaram 2018 comemorando o título do Campeonato Brasileiro e tripudiando sobre os do Flamengo, que mais uma vez haviam ficado no quase. Em 2019, no duelo entre os dois clubes com maior capacidade de investimento no país, houve uma virada. 

Ela ocorreu justamente porque os investimentos rubro-negros se mostraram muito mais certeiros do que os alviverdes. As caras novas do campeão carioca, brasileiro e sul-americano tiveram papel decisivo nessas conquistas, ao passo que os atletas contratados pela agremiação paulista não conseguiram impacto positivo significativo. Palmeiras e Flamengo se enfrentam hoje, às 16h, no Allianz Parque, pela 36ª rodada do Campeonato Brasileiro. 

O Flamengo acertou com nove jogadores neste ano, e o Palmeiras incorporou dez a seu elenco (conta que não inclui o atacante colombiano Angulo, usado apenas no time sub-20). A diferença na produção em campo é grande. 

O reforço médio rubro-negro jogou 36,1 partidas até aqui na temporada e esteve em campo por 2.893 minutos, marcando 11 gols. O alviverde jogou 13,8 partidas e esteve em campo por 796 minutos, marcando 1,9 gol. A diferença nos gols se torna ainda maior se levado em conta que sete dos dez reforços do Palmeiras são atacantes, com um total de 19 bolas na rede. Os três homens de frente contratados pelo campeão da Libertadores (Arrascaeta, Bruno Henrique e Gabigol) somam 89. 

É verdade que o Flamengo gastou mais na compra de novos atletas. Foram R$ 164 milhões, contra R$ 119 milhões -não está nesse cálculo o pagamento de comissões, luvas e salários. E entre os gastos do Palmeiras estão aqueles ligados à permanência de Marcos Rocha, Mayke e Gustavo Gómez, remanescentes de 2018. 

De qualquer maneira, não é difícil apontar que os reais investidos pelo vencedor do Brasileiro de 2019 foram mais bem gastos do que o dinheiro empregado por quem tentava manter a taça nacional conquistada em 2018. Basta observar que o Palmeiras pagou R$ 25,2 milhões pelo atacante Carlos Eduardo, que disputou 19 jogos e fez um gol. O Flamengo desembolsou R$ 23 milhões por Bruno Henrique, da mesma posição, que fez 34 gols em 58 jogos até aqui e foi eleito o melhor jogador da Copa Libertadores. 

A comparação é desfavorável aos paulistas em todos os níveis de investimento. Em faixa de preço semelhante à de Bruno Henrique e Carlos Eduardo estavam o beque Rodrigo Caio, peça-chave do sistema defensivo rubro-negro, e o atacante Zé Rafael, que se alternou entre o time titular e o reserva verde e branco, colocando cinco bolas na rede. 

Outros custaram menos. Por Pablo Marí, zagueiro que conquistou rapidamente seu espaço no elenco, o Flamengo tirou do bolso R$ 5,5 milhões. Foi o mesmo valor gasto pelo clube de São Paulo no centroavante Arthur Cabral, que jogou apenas cinco partidas. 

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