No confronto contra o Colo-Colo (CHI), às 21h45 hoje, pelas quartas de final da Libertadores, o Palmeiras enfrentará um Valdivia bem diferente daquele que deixou o clube em 2015.
Mais participativo, o jogador reencontrou seu futebol no Chile após deixar o clube paulista desacreditado.
Com duas passagens pelo Palmeiras (2006-2008 e 2010-2015), o meia ficou marcado nas suas últimas temporadas vestindo a camisa alviverde pelo grande número de vezes em que desfalcou o time, algo que hoje, aos 34 anos, não se repete com tanta frequência.
Valdivia voltou ao Colo-Colo -equipe que o revelou- no meio do ano passado, após duas temporadas no Al Wahda, dos Emirados Árabes.
Até dezembro, jogou 14 dos 18 jogos da equipe (78% das partidas), marcou dois gols, conduziu o time ao título chileno e foi eleito o melhor jogador da competição.
Na atual temporada, ele manteve a boa fase. Fez um gol atuando em 23 dos 30 jogos do clube -77% das partidas.
No Palmeiras, o jogador nunca conseguiu chegar a porcentagens como essas. Seu melhor número foi de 65% de jogos disputados, obtido em 2006, sua primeira temporada no clube. Em 2015, ano em que se transferiu para o Al Wahda, jogou apenas 10 dos 43 jogos da equipe até agosto, quando foi para os Emirados Árabes.
Sequências de lesões e a contratação de reforços após a Crefisa começar a patrocinar o clube fizeram o atleta perder a relevância de outros tempos. Mas mesmo nas duas temporadas anteriores, o meia já disputava menos da metade dos jogos.
Os sete anos de Valdivia na equipe, no entanto, não se resumem apenas à pecha de “chinelinho” (como são chamados os jogadores que atuam pouco por seus clubes) que ganhou de alguns torcedores. Jogos marcantes contra Corinthians e São Paulo, além de títulos, o tornaram ídolo.
O meio-campista é, ao lado do paraguaio Arce, o estrangeiro que mais vestiu a camisa alviverde. Foram 241 apresentações e 41 gols marcados.
O meia chegou ao clube em 2006 e começou a se destacar no ano seguinte, sob o comando do técnico Caio Júnior, morto no acidente com o avião da Chapecoense, em 2016.
Valdivia sempre lembra a importância do treinador em sua adaptação ao futebol brasileiro. Com ele, ganhou a titularidade e fez grandes jogos, como no 3 a 0 sobre o Corinthians, pelo Paulista. As atuações do Mago -como fora apelidado- contra o rival foram cercadas de provocações.
Na campanha que culminou no título paulista de 2008, Valdivia marcou o gol da vitória por 1 a 0 sobre o Corinthians, no Morumbi, e comemorou imitando um choro de criança, em resposta a uma entrevista do zagueiro rival William.
CATIMBA RIVAL
A expulsão precoce de Felipe Melo diante do Cerro Porteño serviu de lição para o restante do grupo palmeirense. Felipão conversou com seus atletas.
“É fundamental entrar sabendo que pode ter catimba, várias coisas que acontecem na Libertadores. O Felipão já está trabalhando isso, fala para não perdermos a cabeça em nenhum momento. Por qualquer coisinha desse tipo, a gente pode ter um resultado ruim”, alertou o volante Bruno Henrique em entrevista coletiva.