domingo, 24 novembro 2024

Votação de impeachment é adiada para setembro

A votação de impeachment do presidente do Santos, José Carlos Peres, não será votada na reunião do Conselho Deliberativo nesta quinta-feira, na Vila Belmiro. Por conta da briga judicial em que o mandatário teve liminar que travava o processo cassada na última sexta-feira, o presidente do Conselho, Marcelo Teixeira, não teve tempo e prazos estatutários para incluir o tema nesta pauta.

Por conta disso, a votação para o impeachment ou não de José Carlos Peres será marcada para o início do próximo mês. O Conselho Deliberativo do clube especula duas datas para o encontro: dias 5 ou 10 de setembro.

O presidente santista responde a dois processos de impeachment. O pedido mais consistente de impedimento é encabeçado pelo ex-presidente do Conselho Deliberativo e conselheiro nato do clube, Esmeraldo Soares Tarquínio de Campos Neto, que lamenta o adiamento da votação.

“A Mesa do Conselho nunca foi impedida, de fato, pela Justiça de convocar a votação nos termos do Artigo 69. O Presidente Peres entrou com processo erradamente contra a Comissão de Inquérito e Sindicância que não é quem convoca a reunião. Prova disso é que a Mesa em nenhum momento foi parte do processo. Agora, com o processo extinto cabe a realização da reunião”, disse.

Ex-presidente do Conselho no biênio 2000-2001, Tarquínio entende que a publicação do edital ontem, a decisão da cassação da liminar e a extinção do processo já era conhecida, portanto, a reunião para decidir pelo impedimento ou não poderia ser realizada.

O pedido se baseia nas empresas mantidas pelo presidente que estão em desacordo com o Artigo 61 Parágrafo Terceiro do Estatuto do Santos FC e a punição por descumprimento é o impedimento ao cargo.

Para que José Carlos Peres seja derrotado é preciso de dois terços dos votos dos conselheiros presentes a favor do impeachment. Hoje, 301 conselheiros têm direito a voto, mas é preciso lembrar que os inadimplentes não votam. Setenta e dois conselheiros foram eleito por Peres, mas nem todos mantém o apoio ao presidente.

Alguns já “mudaram de lado” por insatisfação no início de gestão. Caso o impeachment seja aprovado no Conselho, deverá ser convocada Assembleia Geral dos Sócios do clube para aprovar a saída ou não por maioria de votos.

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