sábado, 27 abril 2024

Nova eleição em Paulínia já tem 16 nomes cotados

Dez dias após o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) confirmar a cassação do mandato do prefeito Dixon de Carvalho (PP) e do vice Sandro Caprino (PRB), o cenário político em Paulínia segue nebuloso. Com a definição de que a cidade terá de realizar novas eleições para escolha do prefeito, no fim do túnel já aparecem 16 pré-candidatos a chefiar o Poder Executivo da segunda cidade mais rica da RMC (Região Metropolitana de Campinas), com um orçamento de R$ 1,54 bilhão para 2019.

Com 102,9 mil habitantes, Paulínia só tem um orçamento menor que o de Campinas, cidade sede da região que abriga 20 municípios. Em dezembro do ano passado, os vereadores de Campinas aprovaram um orçamento de R$ 5,7 bilhões para manter as contas públicas em dia. A diferença é que a cidade tem 11 vezes mais moradores que Paulínia. A população campineira é de 1,1 milhão de pessoas.

Na prática, significa que o futuro prefeito vai administrar um PIB (Produto Interno Bruto) per capita (por habitante) de R$ R$ 314,6 mil. É o maior do País, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O PIB é a soma das riquezas produzidas em determinada região e Paulínia tem a economia focada na indústria de refino de petróleo, pela presença da Replan (Refinaria do Planalto Paulista), da Petrobras, além das empresas do setor.

Os eleitores já sabem que terão de escolher um novo prefeito – de novo – desde 14 de maio, quando o TSE, em Brasília, manteve a decisão da Corte paulista, que condenou Dixon de Carvalho por abuso de poder econômico na eleição de 2016, e determinou a realização de eleição suplementar. A questão é: quando? Após o julgamento em Plenário, o resultado foi encaminhado à Seção de Acórdãos do TSE, onde se encontra. De acordo com a mais alto Tribunal Eleitoral, somente após a publicação do acórdão haverá a comunicação ao TRE de São Paulo para que tome providências para novo pleito para prefeito e vice-prefeito no município.

Enquanto o comunicado oficial não chega à cidade, partidos se mobilizam para fechar coligações e apresentar seus candidatos. Os bastidores apostam em 16 nomes, que o TODODIA apresenta agora.

LISTA

O candidato óbvio é o prefeito interino Antonio Miguel Ferrari (DC), o “Loira”, que estuda a possibilidade e se comprometeu a cumprir o mandato “dando o meu melhor como prefeito”. A defesa do ex-prefeito, porém, pode ser uma pedra no sapato de Loira. Assim que a decisão foi publicada, dois recursos serão apresentados ao TSE e ao STF. Quem também se prepara para o pleito é o ex-vice, Sandro Caprino (PRB).

Ao fim do julgamento no TSE, Caprino ressaltou sua falta de participação nas transações econômicas que levaram à cassação do mandato. “Eu acho cedo ainda (para) confirmar uma candidatura, mas se for a vontade de Deus e da população”, informou. O ex-prefeito interino e vereador Du Cazellato (PSDB) também figura entre os nomes cotados e divide os holofotes no partido com outro ex- -prefeito, José Pavan Junior (PSDB).

Na categoria esposas pré-candidatas, estão Nani Moura (MDB), esposa do ex-prefeito Edson Moura, citado em nada menos que 197 processos judiciais em primeira instância, e Edna Pereira, esposa do ex-vereador Jaiminho. O PT pretende indicar Custódio Campos para cabeça da chapa e conversa com partidos da esquerda para um possível aliança com uma indicação de uma mulher para ser a pré-vice prefeita. “Pensamos em compor buscando a igualdade de gêneros na composição deste pleito de eleição completar de 2019”, declarou o presidente do diretório municipal, Paulo Paes. Os militares também estão na disputa.

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