Hoje, devido ao apelo excessivamente estético imposto por mídias e celebridades, existe uma distorção de realidade.
Muitos dentistas acabaram fazendo parte deste jogo onde, em minha opinião, o maior prejudicado é o paciente. Acredito que a odontologia estética perdeu de certa forma a conexão com a estética natural dos dentes… os sorrisos estão tão artificiais.
A busca imposta no mercado pelo perfeito fez com que dentistas acostumados a fazer designs de sorrisos e de dentes em algum ponto achassem que poderiam fazer melhor – e com as próprias mãos -, do que a própria natureza e os milhões de anos que a evolução levou para esculpir todas estas formas dentárias com texturas e funções definidas.
Em algum ponto começamos a achar que o que fazemos com as próprias mãos é melhor do que o que natureza faz.
E o que vemos nas redes sociais é que a esmagadora maioria dos trabalhos odontológicos que são colocados nas bocas dos pacientes e celebridades estão longe de ser cópias ideais de dentes naturais. Vemos formas e texturas dentárias inexistentes na natureza. Tudo isso por causa da busca do perfeito.
Eu outro dia, entre uma picada do botox e outra, dividi este meu pensamento com o Dr. Luis Fernando de Mello Sant’Ana, mestre e doutor em Estomatologia pela FOB-USP, especialista em Dentística e Odontologia Estética pela SLM-Campinas, DSD Instructor Oficial… o “cara” quando o assunto é sorriso harmônico!
Ele divide comigo este estranhamento pelos sorrisos atuais, aberrações estéticas promovidas pela falsa impressão de um “Sorriso Perfeito”.
Segundo o Dr. Luis, em primeiro lugar, não existem sorrisos perfeitos. Em segundo lugar, sorriso é muito mais do que dentes lisos (sem textura), excessivamente brancos e alinhados, simetricamente perfeitos.
O sorriso é a composição de aspectos faciais e a dinâmica dos músculos que fazem a expressão facial, dinâmica e amplitude da movimentação labial, dentes e suas curvas atuando em conjunto (curvas do sorriso, gengival e de papilas gengivais).
Tudo isso somado ao que é mais importante em um sorriso, a verdade do mesmo refletida nos olhos de quem sorri.
Você não concorda que nada mais feio do que um sorriso falso?
Não me interprete errado, não sou contra as facetas e afins, muito pelo contrário, sempre levanto a bandeira de que quanto mais felizes estamos com o espelho, mais seguros somos para tomar as inúmeras decisões do dia a dia.
Mas me incomodo e muito com estes dentes “xenon’ que mal cabem na boca, assim como estas bocas ultra preenchidas e o acesso de substâncias que estão deformando muitas pessoas nesta busca incansável pela perfeição e juventude.
Devemos usar a tecnologia a nosso favor e não como substituição da boa e velha terapia, porque para mim estas estripulias estéticas estão totalmente ligadas a nossa baixa autoestima.
CUIDADO
O investimento é alto, o tratamento muitas vezes deve estar associado a outras necessidades bucais e principalmente, não faça nada sem antes ver resultados anteriores, porque o arrependimento pode ser gigantesco e permanente.
“Minha experiência, junto ao grupo de vanguarda em odontologia digital com nosso conceito chamado DSD Natural Restorations (Restaurações Naturais) traz ao máximo a conexão com a beleza natural, propiciando aos pacientes restaurações (facetas, lentes de contato e coroas) que realmente são cópias fiéis da natureza, pois na verdade é o que elas são”, explica o Dr. Luis.
O sorriso é um símbolo de positividade contagiante universal, então sorria sem moderação. Sorrir dá vontade de sorrir ainda mais. Charles Darwin, o pai da teoria da seleção natural e do evolucionismo, foi quem descobriu essa máxima.
Dessa maneira, sorria mesmo quando não estiver com vontade. O simples fato de fingir pode animá-lo.
O que é este método DSD?
O DSD, ou Digital Smile Design, é uma forma de trabalho que tem revolucionado as clínicas que usam, pois os pacientes finalmente entendem o que o dentista quer e onde ele quer chegar no seu tratamento. E o mais importante, entende e visualiza os por quês de cada passo para chegar naquele sorriso que quer.
Isto tudo é feito imaginando a seguinte analogia: imaginemos a construção da casa dos sonhos. Quando vamos construir, procuramos primeiro um arquiteto, pois este é o profissional que descobre nossas vontades e desejos para esta casa. Depois que o projeto do arquiteto está pronto, o engenheiro faz os cálculos para que o projeto funcione. Somente então o construtor começa a obra.
O dentista que usa o DSD faz como o arquiteto. Ele te apresenta um projeto de sorriso antes de fazer alguma coisa em sua boca. Se você não gostar, pode mudar o projeto até chegar onde se consegue chegar (com respeito a toda biologia da boca). Só após a sua aprovação é que a fase de tratamento começa. Assim, o paciente é também o co-autor de seu próprio sorriso.
O dentista que não trabalha com o DSD só vai saber como o resultado fica na boca do paciente junto com ele, no final de todo o tratamento.