domingo, 24 novembro 2024

Os desafios de 2022 na RMC

Por Gustavo Reis

Estar à frente da administração de uma cidade como Jaguariúna é um grande desafio.

Estar à frente do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Campinas (RMC) é um desafio ainda maior. No último dia 17 de janeiro, os demais amigos prefeitos que compõem o colegiado me deram a honra de seguir por mais um ano – e pela terceira vez – como presidente do Conselho da RMC, que neste ano completará 22 anos de existência. Ao longo de todo esse período, nossa região se consolidou como a quinta maior do Brasil em PIB (R$ 195 bilhões), ficando atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal/Entorno e Belo Horizonte, segundo dados do IBGE (2019). Numa área de 3.792 km², é a 10ª maior região metropolitana do país em número de habitantes (3,3 milhões) e a segunda do Estado de São Paulo.

Além disso, possui várias cidades na lista dos maiores PIBs e IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do país, e integra o Complexo Metropolitano Expandido, conhecido como Macrometrópole Paulista, uma conurbação de metrópoles localizadas ao redor da Grande São Paulo que representa cerca de 18% da população brasileira.
São números superlativos para uma região gigante por natureza, que cresceu, se desenvolveu e atingiu a maturidade nas discussões de âmbito do Conselho de Desenvolvimento, debatendo soluções conjuntas para questões que são comuns aos 20 municípios.

O que torna o desafio dos prefeitos da RMC ainda maior, sobretudo num ano em que as cidades mais uma vez são pressionadas a darem respostas ao rápido avanço da variante ômicron do coronavírus, que fez os novos casos de infecções explodirem, sobrecarregando mais uma vez os serviços de saúde.

Por falar em saúde, como presidente do Conselho da RMC, coloquei como uma de nossas prioridades a aprovação e viabilização da obra do Hospital Metropolitano, que irá ajudar a desafogar a demanda regional com 400 novos leitos. A Unicamp já doou o terreno para a construção do hospital e o custeio será bancado com recursos do próprio SUS e Governo do Estado.

Também é momento para planejarmos, com ainda mais afinco e senso de união, a retomada consistente da economia e a assistência às pessoas mais impactadas nesses dois anos de pandemia, com ações e políticas públicas que possam minimizar as perdas devido às restrições impostas às atividades. Isso será fundamental para que nossa economia e nossa população possam se restabelecer mais rapidamente.

Assim como a Saúde, a Educação também deve ser uma prioridade neste 2022, uma vez que teremos nossos alunos retornando às escolas. É preciso garantir a manutenção das aulas presenciais com segurança sanitária e o dinamismo necessário ao melhor aprendizado e desempenho dos estudantes. Para isso, o investimento nos professores e em tecnologia será mais que essencial, será uma necessidade.

A implementação do 5G também será um grande desafio para prefeitos e prefeitas, com a necessidade de as cidades adotarem legislação específica para atender às exigências dessa nova tecnologia. Em Jaguariúna, já fizemos a lição de casa e fomos uma das primeiras cidades do Brasil a reformular a lei para abrir caminho ao 5G.

Os desafios, como vemos, são muitos. Mas tenho convicção de que as cidades da RMC estão preparadas para encará-los e superá-los, com união, determinação e competência. 

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