sábado, 23 novembro 2024

Os efeitos devastadores do tabaco para o coração

Por Leonardo jorge de Paula

É necessário desmistificar alguns mitos envolvendo o tabaco e os impactos na saúde como um todo. O que vem à mente na maioria das vezes é a associação direta dos efeitos devastadores do tabagismo apenas ligado às doenças pulmonares e aparecimento de cânceres, porém, o que se sabe é que o tabagismo é um dos piores inimigos para a saúde cardiovascular.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, há o apontamento que o tabaco ceifa mais de 8 milhões de pessoas por ano. E o mais estarrecedor é que mais de 7 milhões dessas mortes são resultado do uso direto desse produto. No Brasil, é estimado que aproximadamente 443 pessoas venham a óbito diariamente por causa do tabagismo. Mesmo com a pandemia, ao que parece, muitas pessoas ainda mantêm o vício ativo.

Com relação às mortes anuais oriundas do ato de fumar, cerca de 37.686 mil correspondem à Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), 33.179 às doenças cardíacas, 25.683 a cânceres não-pulmonares, 24.443 ao câncer de pulmão, 18.620 ao tabagismo passivo e outras causas, 12.201 à pneumonia e 10.041 ao acidente vascular cerebral (AVC), de acordo com dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer).

A nicotina, substância encontrada no produto, principal causadora da dependência química, bastante nociva para a saúde, mas o problema é bem mais grave: pois apesar do cigarro parecer diminuto, carrega outras mais de 4.700 substâncias tóxicas, sendo muitas delas carcinogênicas. São um dos maiores agressores e vilões para a parede celular que recobre os vasos sanguíneos, chamado de endotélio. O que acontece é que, ao danificar essa estrutura, há um desiquilíbrio grande na produção de óxido nítrico e, com isso, as artérias ficam mais suscetíveis e pouco resistentes ao acúmulo de gordura.

Quem tem o hábito de fumar, mesmo não sabendo, pode reduzir em até 20 anos a expetativa de vida. Outras doenças ainda estão relacionadas a esse vício específico como angina, aneurismas, acidente vascular encefálico, tromboses e outras. Por essas e outras razões, é fundamental relembrar os malefícios que este “tubinho inofensivo” causa, principalmente, ao coração e à qualidade de vida.

Dados publicados pelo HCor (Hospital do Coração de São Paulo) em 2021, mostram que o cigarro esteve relacionado diretamente a mortes causadas por câncer em cerca de 30% dos casos, seguida por infarto agudo do miocárdio em 25% dos pacientes. Já acidente vascular encefálico relacionou-se a 50% dos óbitos registrados.

Em resumo, para quem possui amor pela própria vida, o tabagismo torna-se proibitivo, e como notícia motivacional, os trabalhos mostram que, após 10 a 15 anos que o indivíduo parou de fumar, o risco de doenças cardíacas, e também de cânceres, se iguala ao da população que nunca fumou. Não perca mais tempo, uma nova vida começa agora!

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