quinta-feira, 2 maio 2024
OPINIÃO

As sequelas econômicas de um conflito sem fronteiras

Por
Rogério Araújo
Foto: Arquivo Pessoal

Há dias o mundo acompanha perplexo as dolorosas consequências do conflito entre Israel e o Hamas. À medida que a violência cresce, o número de vítimas aumenta e o temor de possíveis sequelas na economia global também.

O Oriente Médio tem papel importante como fornecedor de energia e rota marítima. Com a escalada da violência, com um número cada vez maior de vítimas, o envolvimento de outros países no conflito é visto como mais uma ameaça à estabilidade da região, o que poderia refletir em um aumento no preço do petróleo.

É importante ressaltar que o petróleo está presente em várias cadeias produtivas e por isso o seu preço reflete em praticamente toda a economia. No Brasil, por exemplo, a gasolina compromete 5% do orçamento das famílias.

A Petrobras já declarou que o conflito deve trazer mais volatilidade ao preço do petróleo, mas que a nova estratégia comercial da companhia vai ajudar a mitigar uma eventual disparada no valor dos derivados, em especial do diesel.

De um modo geral, se o conflito se limitar a Gaza, os impactos econômicos não devem abalar a economia global. Mas caso o conflito se estenda a outros países da região, há sondagens econômicas que já apontam um impacto no mercado financeiro. A queda no crescimento global poderia chegar a 0,3%.

Outra perspectiva ruim é que com a instabilidade no cenário internacional, a tendência é que os juros altos nos Estados Unidos se mantenham elevados. E isso tem um efeito negativo para o câmbio e investimentos em países emergentes.

Pela economia global, mas principalmente pela vida de tantas pessoas inocentes, que a paz encontre o caminho nesta devastadora e cruel realidade que o mundo acompanha em choque.

Receba as notícias do Todo Dia no seu e-mail
Captcha obrigatório

Veja Também

Veja Também