Todas as terças-feiras à tarde, um grupo de voluntários se reúne para atendimento às pessoas em situação de rua, em Americana
Todas as terças-feiras à tarde, um grupo de voluntários se reúne para atendimento às pessoas em situação de rua aqui em Americana. Usam o espaço nas dependências da Igreja Presbiteriana para que eles façam sua higiene pessoal. Recebem roupas limpas, tomam um banho e fazem um bom lanche.
No período de atendimento, os voluntários têm a oportunidade de conhecer um pouco da história de cada um e tentar mudar o rumo de suas vidas. O objetivo é sempre tirar as pessoas da rua, dando-lhes dignidade e oportunidade de um recomeço. Há casos de objetivo alcançado.
Quando falamos de pessoas em situação de rua, encontramos na sociedade duas posturas. A primeira, é de completa indiferença em relação a essa população. Embora, após a pandemia, o número de pessoas em vulnerabilidade social aumentou tanto que tem sido impossível essa postura.
O número fala mais alto que a indiferença, levando os entes federativos da República incluírem em seus orçamentos valores para financiamento de políticas públicas que atendam de forma relevante essa demanda cruel. Em Americana, o município, em boa hora implantou, por meio de Termo de Colaboração com uma ONG, o Serviço Especializado de Abordagem Social. Tem funcionado a contento, cumprindo seus objetivos.
A segunda postura da sociedade em relação às pessoas em situação de rua, muito parecida com a primeira, é a da invisibilidade. Tratamos essas pessoas como se elas fossem invisíveis. Não são. São gente. Brasileiros. Têm uma história, nomes, famílias, amigos etc. Não podemos fazer de conta que eles não existem. No projeto “De Cara Limpa”, já mencionado aqui, gosto quando a equipe de voluntários recebe as pessoas chamando-as pelo nome. Creio ser um passo importante para começar a acabar com essa invisibilidade.
Americana é uma cidade rica em seu voluntariado. Pessoas valorosas que têm doado tempo e dinheiro para acabar com a cultura da indiferença e invisibilidade em relação às necessidades do nosso próximo.
Sejamos uma sociedade mais fraterna, solidária e amiga, produzindo um ambiente urbano favorável à vida, sempre. Deus, do céu, quando olha para nós não olha com indiferença. Ele veio ao nosso encontro. Façamos o mesmo.
É isso!