Uma das criminosas mais procuradas do Estado de São Paulo, Luma Rovagnollo, de 33 anos, conhecida pelos apelidos “Penélope” e “Bela”, foi capturada na manhã desta quinta-feira (5), durante uma operação conjunta da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Americana e das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota). A prisão ocorreu no bairro Aricanduva, na capital paulista.
Considerada de alta periculosidade, Luma é apontada como uma das principais lideranças femininas do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção que controla atividades criminosas dentro e fora dos presídios do país. Contra ela havia um mandado de prisão expedido pela 2ª Vara Criminal do Foro de Americana, relacionado a um roubo a residência ocorrido em 30 de julho de 2022, no condomínio Terras do Imperador.
De acordo com as investigações, Luma arquitetou e comandou a ação criminosa, demonstrando frieza e estratégia. Para facilitar o assalto, alugou um imóvel vizinho ao da vítima, utilizando documentos falsos cerca de 15 dias antes do crime. No dia do roubo, dois comparsas armados invadiram a residência, mantendo a moradora refém enquanto procuravam por um cofre.
O prejuízo estimado ultrapassa R$ 200 mil em joias e objetos de valor. Na fuga, os criminosos utilizaram um carro dirigido pela própria Luma, o que permitiu que a vítima a reconhecesse como vizinha.
Outros dois envolvidos no crime, pai e filho, foram presos em 9 de agosto de 2022, no Parque Novo Mundo, em Americana. Com eles, a polícia apreendeu R$ 20 mil em dinheiro e celulares usados para a comunicação com o grupo. Ambos também foram reconhecidos pela vítima.

EXTENSA FICHA CRIMINAL
Além da participação direta nesse assalto, Luma passou a ser procurada, em 2020, após a deflagração da operação “Klepos”, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) de Ribeirão Preto (SP). Na ocasião, ela foi novamente apontada como integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC). A ação teve grande repercussão, com a divulgação de fotos de Luma e de outro criminoso.
Em 2018, Luma já havia sido presa em flagrante por portar armas de grosso calibre, incluindo um fuzil 7.62 e diversas pistolas 9 mm, transportadas em compartimentos ocultos de um veículo. Três meses após a prisão, foi beneficiada com o regime de prisão albergue, mas não cumpriu as condições impostas pela Justiça e passou à condição de foragida.
As investigações indicavam de forma robusta a participação de Luma em diversas empreitadas criminosas. Em 2021, uma denúncia anônima informou que ela estaria se escondendo na loja de piscinas do irmão, além de apontar seu envolvimento contínuo com a facção.
De acordo com a DIG, o mandado cumprido nesta quinta-feira encerra uma longa caçada policial contra uma das figuras mais influentes e perigosas do crime organizado paulista.