A família de Gabriel Fernando Toledo Correia, de 21 anos, morto a tiros na madrugada do último sábado (30), no bairro Água Branca, em Piracicaba, questiona a versão oficial do caso, registrado como legítima defesa por parte de um vizinho.
Segundo o boletim de ocorrência, Gabriel teria agredido e ameaçado de morte sua companheira, de 17 anos, no bairro Morumbi. A jovem teria conseguido fugir para a casa da mãe, onde ele foi flagrado tentando entrar pelo imóvel vizinho. Nesse momento, o morador atirou, e Gabriel morreu na rua, de acordo com o registro policial.
Familiares contam outra versão
No entanto, familiares contestam a narrativa. Segundo a irmã, Caroline Fernanda Correia, Gabriel e a companheira deixaram os filhos com a sogra e saíram juntos para uma lanchonete. Ela também afirma que o irmão estava no local para cobrar uma dívida de uma tia.
As imagens mostram Gabriel esperando em um carro de aplicativo, depois danificando um veículo estacionado, supostamente do ex-cunhado. Logo em seguida, ele é baleado.
A família também questiona a versão de que Gabriel teria subido no telhado da casa vizinha. Caroline afirma que há uma distância considerável entre as casas e nega que o irmão estivesse tentando invadir o imóvel.
Relacionamento de idas e voltas
Ela ainda diz que o relacionamento de Gabriel com a companheira era conturbado, mas que os dois eram primos de segundo grau e suas famílias sempre conviveram de forma próxima. Para a irmã, é possível que parentes da cunhada tenham alguma relação com o caso.
Irmã pede por justiça
A família ainda aguarda o laudo de necropsia, que deve ficar pronto em até 60 dias, para esclarecer a real causa da morte, inclusive se houve atropelamento.
Agora, os familiares estão reunindo provas e vídeos e conversam com advogados para solicitar a reabertura das investigações. O autor dos disparos, segundo os parentes, já deixou o endereço onde ocorreu o crime.