quarta-feira, 17 dezembro 2025
JULGAMENTO

Júri de gerente acusado de matar ex-amante é marcado em Americana

Gerente de posto de combustíveis é o principal acusado pelo assassinato de Mônica Matias de Paula, de 33 anos
Por
Cristiani Azanha

O Poder Judiciário de Americana agendou para o dia 25 de fevereiro de 2026, às 10h, o julgamento de Hélio Leonardo Neto, de 48 anos, acusado de assassinar Mônica Matias de Paula, de 33 anos. O crime ocorreu em março de 2024 e teve ampla repercussão na região.

O réu, que atuava como gerente de um posto de combustíveis, será submetido ao Tribunal do Júri e responde por feminicídio com quatro qualificadoras: meio cruel, motivo fútil, recurso que dificultou a defesa da vítima e ocultação de cadáver.

Crime ocorreu em 2024. Foto: Reprodução

Crime e investigação
Mônica Matias de Paula desapareceu no início de março de 2024. Após dias de buscas realizadas pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG), o corpo da vítima foi localizado em uma área rural de Limeira. Conforme o inquérito policial, Hélio Leonardo Neto teria confessado o crime, afirmando que se sentia ameaçado pela possibilidade de a vítima revelar um relacionamento extraconjugal mantido entre ambos.

Armas apreendidas e condenação anterior
Além da acusação de feminicídio, o histórico criminal do réu inclui uma condenação a três anos e nove meses de reclusão, em regime inicial aberto, por posse e porte ilegal de arma de fogo. Durante as investigações do homicídio, a DIG realizou buscas na residência de Hélio, no bairro Chácara Mantovani, na região da Praia dos Namorados, onde foram apreendidas diversas armas, fato que resultou na condenação pelo crime relacionado ao armamento.

Armas e munições foram apreendidas na casa do réu. Foto: DIG Americana

Situação processual
Hélio Leonardo Neto permanece preso em uma unidade prisional da região, após ter pedidos de habeas corpus negados pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). Durante a fase de instrução, a defesa apresentou a versão de que o réu não teria tido a intenção de matar a vítima, argumento que deverá ser analisado e confrontado com as provas técnicas produzidas pelo Instituto de Criminalística no julgamento.

A defesa do acusado, representada pelo advogado Jean Carlos de Lima, informou que não irá se manifestar, por enquanto, sobre o agendamento do júri.

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