
O Tribunal de Justiça de São Paulo emitiu no fim da tarde desta quinta-feira (28), um mandado de prisão preventiva do tatuador Wesley Carrera dos Santos, acusado pela morte e ocultação do corpo do professor sumareense Cauê Pozenatto Lima, morto no dia 1 de agosto.
Paloma Fernanda Aguiar, de 30 anos, companheira de Wesley, teve a prisão temporária revogada, tendo determinado pelo Juiz da 1ª Vara Criminal do Foro de Sumaré, Dr. Marcus Cunha Rodrigues, o alvará de soltura. O casal estava em prisão temporária desde o dia 4 de agosto.
No início de setembro, agentes da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) – responsáveis pelas investigações do caso – realizaram a reconstituição do assassinato, com a presença dos suspeitos, levados pela polícia até os locais onde teriam circulado com a vítima.
Segundo relatado, Wesley teria esfaqueado Cauê dentro do próprio carro, onde foi deixado durante a noite e somente no dia seguinte voltado, junto a Paloma, onde depois dirigiram-se até Americana e carbonizaram o corpo do homem.
Para o TODODIA, o Delegado Lúcio Antonio Petrocelli, relatou que pela convicção das investigações, a delegacia representou pela solicitação de prisão preventiva dos dois envolvidos, mas o Juiz decidiu pela soltura.
Já o Ministério Público (MP), por meio da Promotoria de Sumaré, representou pela prisão de Wesley e a soltura de Paloma, que agora responderá por ocultação de cadáver.
Segundo Dr. Marcus, nos autos do mandado, a prisão preventiva do denunciado foi decretada e medidas cautelares em regime aberto não seriam suficientes, inclusive após Wesley ter mudado a versão e negado a culpa. “A ele se imputa a prática de crimes cometidos com nota de acentuada crueldade, revelando a concreta periculosidade do agente homicida e a sua completa inaptidão para o convívio social. A sociedade não pode ficar à mercê de pessoa dotada de personalidade tão fria e tenebrosa”, diz texto do mandado.
Relembre o crime
O corpo de Cauê Pozenatto Lima foi encontrado carbonizado, por moradores da região da Praia Azul, dentro de uma vala na Estrada Municipal Alvin Biasi, em Americana. A identificação do corpo chegou a ser feita apenas no dia posterior em que o corpo foi encontrado, no dia 3 de agosto.
Investigadores da DIG informaram que moradores haviam relatado que um casal foi avistado perto do local do crime, em um Onix na cor branca – encontrado posteriormente, sendo pertencido a vítima.
Uma das moradoras reconheceu Paloma como sendo a pessoa do sexo feminino que teria sido avistada.