Uma mulher de 29 anos foi assassinada a tiros pelo ex-namorado, de 40 anos, por volta das 18h10 da última sexta-feira (3), dentro de um escritório de contabilidade onde ela trabalhava, na Rua Celso Egídio Sousa Santos, no Jardim Chapadão, em Campinas.
Segundo a Polícia, o homem, que atualmente era motorista de aplicativo, efetuou pelo menos três disparos contra a vítima – identificada como Camila Rodrigues Barros.
Após atirar na ex, o criminoso utilizou a mesma arma, um revólver calibre 38 com numeração raspada, para atirar contra si próprio, atingindo a barriga e a cabeça. Luís Ferreira da Silva foi socorrido ao Hospital de Clínicas da Unicamp, mas não resistiu e também morreu.
O caso foi registrado no plantão da 2ª DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) de Campinas como homicídio qualificado (feminicídio) seguido de suicídio. Foi o primeiro caso de feminicídio este ano em Campinas. No ano passado ocorreram oito crimes do mesmo tipo na cidade, com todos os acusados ou suspeitos identificados – sendo que cinco deles foram presos, dois cometeram suicídio após o crime e um está foragido.
No caso ocorrido nesta sexta (3), ao receber as primeiras informações sobre o crime, chegaram à Polícia ao menos duas versões para o crime. Uma sobre discussão entre casal e outra sobre possível roubo em andamento com disparo de arma de fogo. Ao entrar no estabelecimento, os policiais encontraram o casal caído, providenciaram o pedido de socorro médico e ao verificarem que o homem tinha uma arma na cintura, a removeram.
Em outra dependência da casa, os policiais encontraram funcionários do local que, muito assustados, informaram que o homem ferido era o ex-namorado de Camila, que acabara de invadir o imóvel e após uma breve discussão passou a atirar na mulher, que morreu na hora.
Neste meio tempo, uma Unidade de Resgate do Corpo de Bombeiros chegou e removeu o agressor ao hospital, onde ele também morreu.
No local, a Polícia apurou junto a testemunhas que a vítima foi noiva do acusado e que o casal estava separado há três meses, mas o homem insistia em reatar o relacionamento. A discussão ocorrida antes do crime foi pelo mesmo motivo, segundo testemunhas.
Ao cometer o assassinato seguido de suicídio, o acusado portava arma com numeração raspada, o que caracteriza crime de porte ilegal, mas, até pouco tempo, ele havia trabalhado como vigilante, com direito a portar arma legalmente.
Até o fechamento desta matéria não havia informações sobre locais e horários sobre os sepultamentos da vítima e do criminoso.