quarta-feira, 31 dezembro 2025
NÃO RESISTIU

Mulher de 64 anos morre após semanas internada por ser agredida com marreta pelo companheiro em Campinas

Maria Aparecida foi atacada no Parque Valença e faleceu na segunda-feira (29); caso enquadrado como feminicídio com idoso de 79 anos preso
Por
Guilherme Pierangeli

Uma mulher de 64 anos morreu na segunda-feira (29), em Campinas, após não resistir aos ferimentos provocados por um ataque cometido pelo companheiro dela, de 79 anos.

Com isso, o caso ocorrido no Parque Valença, passou a ser oficialmente enquadrado como feminicídio consumado pela Polícia Civil. O homem está preso desde a data do ataque.

Agressão na residência do casal
A vítima, Maria Aparecida Pereira Martins da Silva, havia sido agredida no dia 11 de dezembro na residência do casal, na Rua Doutor Alderico Alvite. 

Segundo o boletim de ocorrência, moradores ouviram barulhos vindos do imóvel e intervieram para impedir a continuidade da agressão. Um vizinho conseguiu desarmar o agressor, que foi contido por populares até a chegada da Polícia Militar.  O agressor utilizou uma marreta para atingir a cabeça da companheira, que foi socorrida em estado grave e encaminhada inicialmente à UPA Campo Grande. 

Em razão da gravidade das lesões, ela foi transferida ao Hospital da PUC, onde permaneceu internada até o óbito.

Ataque aconteceu em residência no Parque Valença, em Campinas. Foto: Google Maps.

Prisão e investigação
O homem foi preso em flagrante no dia do crime e conduzido à 2ª Delegacia de Defesa da Mulher de Campinas. 

À polícia, ele afirmou ter problemas psicológicos e declarou que acreditava estar sendo dopado pela companheira, além de suspeitar que ela o traía. Familiares relataram que o idoso possui diagnóstico de Alzheimer e apresenta episódios de delírios.

A perícia criminal esteve no local e apreendeu a marreta utilizada no ataque. Testemunhas relataram que o agressor desferiu ao menos três golpes contra a cabeça da vítima antes de ser impedido.

Com a confirmação da morte, a Polícia Civil atualizou o enquadramento jurídico do caso para feminicídio, e manteve a representação pela prisão preventiva do investigado, destacando a gravidade da conduta, além do risco de novos ataques e a ameaça à integridade de terceiros.

O inquérito segue em andamento na 2ª DDM de Campinas, com acompanhamento da Justiça.

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