segunda-feira, 25 novembro 2024
DEFASAGEM

Polícia Civil de SP tem déficit de 17,1 mil profissionais

A afirmação foi apresentada pelo sindicato da categoria
Por
Henrique Fernandes
Foto: Divulgação (Capa)

Segundo o Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp), a Polícia Civil de São Paulo começou 2024 com déficit de 17.131 profissionais. Dos 41.912 cargos previstos, apenas 24.718 estão ocupados. De acordo com o Sindpesp, em dezembro de 2023, do total de 3.463 cargos para delegados de Polícia no estado de São Paulo, 2.452 estavam ocupados e outros 1.011 vagos.

“Além disso, são 4.049 escrivães a menos de um total de 8.912 cargos previstos. Faltam, também, 4.288 investigadores, quando deveriam ser 11.957 na ativa, assim como acontece com outros cargos”, afirma o Sindicato. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que a recomposição e valorização do efetivo policial são prioridades da pasta, que reconhece o atual déficit da Polícia Civil, que se encontra em 34,6%, e está empenhada em implementar uma série de ações para reverter essa situação.

Foto: Divulgação/Sindpesp

“Neste momento, estão em andamento concursos para preenchimento de mais de 14,7 mil vagas em diversas carreiras, incluindo policiais civis, delegados de polícia, escrivães e investigadores. Essa iniciativa visa fortalecer e revitalizar os quadros, promovendo uma atuação mais eficaz e eficiente no combate à criminalidade”, informou a Polícia Civil do Estado de São Paulo.

A presidente do Sindpesp, Jacqueline Valadares, defende a nomeação imediata de todos os aprovados neste certame, incluindo os excedentes. “Esperamos que todos sejam nomeados, inclusive os candidatos excedentes, e numa única chamada, tendo em vista o alto déficit que temos, hoje, na Polícia Civil. Não faz sentido deixar de efetivar todos esses profissionais, ou postergar a nomeação. Estamos com 17,1 mil policiais a menos, que deveriam estar em serviço. É um absurdo”, pontua a delegada.

A presidente do Sindpesp, Jacqueline Valadares

Jacqueline lembra que a defasagem é altamente prejudicial, sobretudo porque sem a Polícia Civil bem aparelhada, não há investigação, e sem investigação, não há sanção para o crime cometido.

“O quadro reduzido afeta a força de trabalho, compromete o rendimento, sobrecarrega as equipes que estão na ativa, que, por sua vez, sofrem com o estresse e têm a saúde mental abalada. Contratações, portanto, são urgentes e necessárias para aliviar o peso sobre quem está em serviço e, consequentemente, a melhoria da segurança para a população. A ponta é quem mais sofre. Afinal, sem Polícia Civil, não há investigação. Inquéritos podem ficar sem andamento, sem solução”, observa.

Ainda segundo a SSP, a solução desse desafio ocorrerá de forma gradual e está comprometida com o processo de revitalização do efetivo policial. “A SSP permanece atenta às necessidades das polícias, buscando constantemente estratégias e ações que contribuam para a segurança e bem-estar da sociedade”, informou através de nota à imprensa.

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