
A Polícia Civil do Paraná cumpriu um mandado de prisão e outro de busca e apreensão em Hortolândia na manhã desta terça-feira (21), durante uma operação de grande porte que investiga uma organização criminosa envolvida com tráfico interestadual de drogas, lavagem de dinheiro e corrupção ativa.
A ação, que mobilizou mais de 350 policiais, ocorreu simultaneamente em cidades do Paraná, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e São Paulo, entre elas Hortolândia, Ourinhos e a capital paulista.
Ação em Hortolândia
Em Hortolândia, o mandado foi cumprido em um imóvel localizado na região do Jardim Rosolém, com apoio de equipes do 10º Batalhão de Ações Especiais da Polícia Militar (Baep). A movimentação de viaturas chamou a atenção de moradores. O resultado das buscas no endereço não havia sido divulgado até o fechamento desta reportagem.

Escala nacional da operação
Ao todo, foram cumpridos 90 mandados judiciais, sendo 42 de prisão e 48 de busca e apreensão, além do sequestro de 11 veículos avaliados em cerca de R$ 1,8 milhão, quatro imóveis residenciais, dinheiro em espécie e bloqueio de valores em contas bancárias.
A operação contou com o apoio das polícias militares de São Paulo e Santa Catarina e da Polícia Federal, que atuou nos mandados no Mato Grosso do Sul. Também foram utilizados helicóptero e cães policiais nas diligências.
Segundo a Polícia Civil do Paraná, as medidas visam enfraquecer financeiramente o grupo e interromper as conexões que sustentam sua estrutura criminosa. “O objetivo da operação é desarticular toda a estrutura do grupo, interrompendo a distribuição de drogas, a lavagem de dinheiro e as relações que mantêm o crime organizado ativo”, explicou o delegado responsável, Pedro Cáprio.

Origem da investigação e resultados
As investigações começaram em abril de 2024, na cidade de Jacarezinho, no norte do Paraná. Dois homens apontados como líderes do grupo foram presos em junho do mesmo ano em Balneário Camboriú (SC). Os aparelhos eletrônicos apreendidos passaram por perícia e ajudaram a traçar o mapa da atuação da quadrilha.
De acordo com a apuração, a organização criminosa movimentou cerca de R$ 120 milhões desde 2021, valor que, segundo a polícia, demonstra “a capacidade de infiltração e o nível de organização alcançado pela rede”.
A polícia informou que armas, drogas, equipamentos eletrônicos e grandes quantias em dinheiro foram apreendidos durante as diligências. O material será analisado e deve subsidiar novas fases da investigação.