O episódio ganhou repercussão nos últimos dias, após mobilização nas redes sociais
A Polícia Civil investiga o caso de um jovem homossexual de 22 anos que teria sido vítima de estupro coletivo e tortura em Florianópolis (SC) na segunda-feira (31). O trabalho de apuração está sob sigilo.
O episódio ganhou repercussão nos últimos dias, após mobilização nas redes sociais de grupos em defesa da diversidade sexual. A OAB-SC (Ordem dos Advogados do Brasil em Santa Catarina) se manifestou sobre o assunto, dizendo que acompanha a investigação. Em nota, classificou o caso como “crime bárbaro”. Segundo a entidade, a vítima foi internada em hospital em estado grave.
“A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional de Santa Catarina, através das Comissões de Direito Homoafetivo e Gênero e do Direito da Vítima, vem a público manifestar repúdio ao crime bárbaro cometido na cidade de Florianópolis, contra um jovem gay de 22 anos, que de forma cruel foi torturado, estuprado e tatuado sob coação, com dizeres homofóbicos, permanecendo em estado grave no hospital”, aponta a nota da OAB-SC, divulgada na sexta-feira (4).
Segundo reportagem do portal ND Mais, três homens são suspeitos de cometer o estupro na região central de Florianópolis. A vítima também teria sido agredida com objetos cortantes, além de ter o corpo tatuado com palavras homofóbicas.
À reportagem a Polícia Civil de Santa Catarina afirma que “adotou todas as providências legais” e que não se manifestará a respeito do assunto em razão do sigilo do caso. A 5ª Delegacia de Polícia de Florianópolis é a responsável pela investigação.
A OAB disse também que também atua para prestar auxílio jurídico a familiares da vítima. “As Comissões informam estar diligenciando esforços, junto às delegacias especializadas e entidades de proteção à comunidade LGBTQI+, na obtenção de informações sobre a apuração da autoria deste horrível crime e no auxílio jurídico e atenção aos familiares da vítima, manifestando, desde já, toda a solidariedade”, completa o texto.