O Ministério Público, por meio da Promotoria de Justiça de Americana, está analisando a representação recebida nesta terça-feira (16) sobre um suposto abuso de poder envolvendo a Guarda Municipal de Americana. O caso teria acontecido em outubro, sendo classificado no boletim de ocorrência como crime consumado de tortura e abuso de autoridade, conforme a legislação federal.
Relato da vítima
Segundo o boletim de ocorrência, um homem de 40 anos, que trabalha como ajudante de pedreiro, deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Antônio Zanaga, onde relatou ter sido vítima de agressões físicas e lesão corporal, motivo pelo qual buscou atendimento médico.
O registro policial informa que a vítima apresentava inúmeros hematomas em diversas partes do corpo, além de cortes na cabeça e nas pernas.
Abordagem e condução
Ainda conforme o relato, o homem afirmou que teria sido abordado por três agentes nas proximidades da Avenida Brasil, na região do Centro de Cultura e Lazer (CCL), onde os guardas teriam questionado se ele seria a pessoa que estaria “dando trabalho”.
O homem declarou que, após a abordagem, foi colocado no compartimento de presos da viatura e conduzido até a região do Casarão Histórico do Salto Grande e de uma pedreira.
Agressões e ferimentos
Segundo o depoimento, no local teria sido iniciada uma sessão de espancamento. O homem relatou que teria sido agredido com golpes de cassetete no tronco, incluindo peito e costas, e também na cabeça e nos membros inferiores, o que resultou em inúmeros hematomas e cortes que precisaram ser suturados.
A vítima também afirmou que teria sido lançada de uma ponte e que, após a saída dos guardas do local, conseguiu pedir ajuda em uma empresa nas proximidades.
O homem recebeu atendimento médico e foi requisitado exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML).
Posicionamento da Prefeitura e da GCM
Em nota, a Prefeitura de Americana informou que o caso segue em apuração pela Polícia Civil e também pela Corregedoria da Gama.
