
Dois homens suspeitos de tráfico de drogas destruíram seus próprios celulares ao serem abordados por uma equipe do 10º Batalhão de Ações Especiais da Polícia Militar (Baep) em Sumaré, na noite de quinta-feira (16). Segundo um dos detidos, a ação seguiu uma suposta “ordem” do Primeiro Comando da Capital (PCC), que orienta integrantes da facção a inutilizar os aparelhos durante abordagens policiais.
A ocorrência aconteceu por volta das 20h45, na Rua Gervacina Alves Ferreira, no Jardim Maria Antônia, e terminou com a prisão de um dos suspeitos e a apreensão de 454 gramas de cocaína.
Abordagem e comportamento suspeito
Durante patrulhamento da operação Ações Especiais de Polícia, os policiais avistaram um veículo VW Golf branco trafegando pela via. Assim que perceberam a aproximação da viatura, os ocupantes tentaram se ocultar e subiram rapidamente os vidros do carro. O comportamento chamou a atenção da equipe, que decidiu realizar a abordagem.
Na busca pessoal, nada de ilícito foi encontrado com os suspeitos. No entanto, dentro do veículo, foram localizados dois celulares com as telas destruídas, três kits com frascos contendo pó branco semelhante à cocaína e uma mochila aberta com materiais eletrônicos e mais frascos idênticos aos apreendidos.
“A ordem é inutilizar os telefones”
Questionado sobre a origem dos celulares danificados, o motorista do Golf, de 36 anos, afirmou aos policiais ser “filiado” ao PCC e que “a ordem do comando” é quebrar os aparelhos em situações de abordagem.
Sobre os entorpecentes, o motorista “optou por permanecer em silêncio”, enquanto o passageiro, de 22 anos, também se recusou a prestar qualquer esclarecimento.

Prisão e investigação
Os dois homens foram levados à Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24h) do Jardim Macarenko para exames clínicos e, em seguida, apresentados no Plantão Policial de Sumaré.
O delegado de plantão determinou a prisão do motorista e liberou o passageiro. O homem de 36 anos permaneceu detido à disposição da Justiça e deverá passar por audiência de custódia.
A droga apreendida totalizou 454 gramas. Os celulares destruídos serão encaminhados para perícia do Instituto de Criminalística, que tentará recuperar informações que possam contribuir com as investigações sobre o tráfico na região.