quarta-feira, 8 outubro 2025
JUSTIÇA

Tutores de cães mortos em carro de pet shop em Americana pedem R$ 150 mil por danos morais

Segundo o advogado da família, Rafael Possobon, o pedido se baseia na má prestação de serviços, já que o estabelecimento tinha a guarda dos animais, mesmo que provisória
Por
Diego Rodrigues

Os tutores de três cães que morreram dentro de um carro de pet shop em Americana em setembro entraram com uma ação na Justiça pedindo indenização de R$ 150 mil por danos morais.

Guarda provisória
Segundo o advogado da família, Rafael Possobon, o pedido se baseia na má prestação de serviços, já que o estabelecimento tinha a guarda dos animais, mesmo que provisória. “A responsabilidade recai sobre eles, inclusive conforme o Código de Defesa do Consumidor, e a falha que resultou na morte dos cães enseja reparação de danos de acordo com o Código Civil”, explicou Possobon. O valor da indenização leva em conta a dor e o sofrimento dos tutores e também tem o objetivo de servir de exemplo para que outros estabelecimentos evitem situações semelhantes.

O pedido se baseia na má prestação de serviços, já que o estabelecimento tinha a guarda dos animais, mesmo que provisória. Foto: Reprodução

Impacto
O impacto emocional para a família é profundo. Uma das tutoras, de 71 anos, estava em contato diário com os animais, que eram parte de sua rotina e companhia. A perda, portanto, não se limita ao valor financeiro, mas envolve o sofrimento causado pela ausência dos cães.

Possobon ressaltou que casos semelhantes na Justiça paulista envolvem, no máximo, a morte de um ou dois animais, tornando este episódio sem precedentes. A expectativa é de que a Justiça reconheça a importância da vida dos animais e a necessidade de reparação pelo dano causado, ao mesmo tempo em que a decisão sirva de alerta para outros estabelecimentos.

Defesa do pet shop
Sobre a defesa do pet shop, o advogado informou que ainda é cedo, pois a ação acabou de ser proposta e o estabelecimento ainda não foi intimado. O processo pode levar anos até uma decisão definitiva, dependendo da coleta de provas e do andamento na Justiça.

Caso é visto como grave
A vereadora e ativista Roberta Lima, que acompanha o caso por meio da equipe “Cadeia para Maus Tratos”, destacou a gravidade do episódio e a perda irreparável para a família. Ela reforçou que, embora o valor da indenização não compense a dimensão emocional do ocorrido, a ação judicial é uma forma de buscar justiça e alertar outros estabelecimentos sobre a responsabilidade no cuidado com animais. Para Roberta, toda vida importa, humana ou animal, e a atuação da Justiça deve refletir essa responsabilidade.

Defesa do pet shop se pronuncia
Em nota, os advogados do pet shop informaram que a cliente ainda não foi citada em eventual processo e que a defesa ainda não teve acesso aos autos, razão pela qual não é possível emitir qualquer manifestação neste momento.

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