quinta-feira, 25 abril 2024

Estado promete reduzir a ‘concorrência’ por vagas

A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo informou ontem a prefeitos da RMC (Região Metropolitana de Campinas) que o Estado criará uma central regional de regulação de vagas e cirurgias para atender pacientes das 20 cidades da região.
O anúncio foi feito após os prefeitos formalizarem uma carta em que apontavam os principais problemas enfrentados, entre eles a fila de espera para implantação de próteses, que chega a sete anos. O TODODIA mostrou ontem a situação de um casal de Nova Odessa que enfrenta o problema (leia reportagem ao lado).
O prefeito de Nova Odessa, Benjamim Bill Vieira de Souza, presidente do Conselho de Desenvolvimento da RMC, classificou como “uma grande conquista” o anúncio de ontem.
Atualmente, as demandas de urgência e emergência precisam passar pela Cross (Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde), que fica em São Paulo e atende o Estado inteiro. Bill liderou, como presidente do conselho, uma reunião com o secretário de Saúde do Estado, Marco Antonio Zago, e com o subsecretário de Assuntos Metropolitanos, Edmur Mesquita.
Os prefeitos de Jaguariúna, Gustavo Reis (MDB), e Monte Mor, Thiago Assis (MDB), enfatizaram a falta de vagas de urgência e emergência. Para o chefe do executivo de Hortolândia, Ângelo Perugini (PDT), a necessidade cada vez maior de serviços de saúde para a população e o aumento das demandas criaram uma situação “muito séria” para os municípios.
O prefeito Denis Andia (PV), de Santa Bárbara d’Oeste, resumiu as solicitações da RMC em três pilares: prestação de serviços, compra de medicamentos e insumos além de gestão de recursos.
A central regional tem como principal objetivo acabar com os gargalos e trazer maior agilidade as demandas de urgência e emergência – que são reguladas pelo Estado. Ainda de acordo com Bill, em três semanas os prefeitos e os representantes do Estado voltarão a se reunir para dar início efetivo à implantação do órgão regulador regional.
Também ficou definido que, em 10 dias, a Diretoria Regional de Saúde apresentará um mapeamento com os medicamentos de alto custo que estão em falta nos municípios para que o Estado providencie o envio.
Participaram do encontro prefeitos, vices e secretários de Saúde de Jaguariúna, Monte Mor, Hortolândia, Santo Antonio de Posse, Morungaba, Cosmópolis, Pedreira, Itatiba, Santa Bárbara, Indaiatuba, Campinas, Americana e Sumaré, além da diretoria-executiva da Agemcamp (Agência Metropolitana de Campinas), Ester Viana.

 

Pacientes enfrentam fila

O TODODIA mostrou ontem que a espera para uma cirurgia de colocação de prótese leva entre cinco e sete anos na região.
Personagens desse drama, o casal Luiz Antônio Torelli, 62, e Solange Cristina da Fonseca, 57, que aguardam há anos pela cirurgia de prótese, que tem que ser liberada pelo governo do Estado.
Na carta formulada pelos prefeitos são apontados “que um conjunto de atribuições de responsabilidade do Governo do Estado não vem sendo cumpridas na sua integralidade, penalizando os municípios com a transferência das demandas ()”, afirmam.
Entre essas atribuições eles citam a diminuição de consultas, internações, exames e procedimentos de alta complexidade em cardiologia, ortopedia, oncologia (com dificuldades de oferecer radioterapia e quimioterapia dentro do prazo previsto em lei), oftalmologia, assistência farmacêutica, insumos, Samu e Saúde Mental.
Receba as notícias do Todo Dia no seu e-mail
Captcha obrigatório

Veja Também

Veja Também