sexta-feira, 19 abril 2024

Operação no Aeroporto de Viracopos combate tráfico internacional de drogas

A Operação Overload, em andamento no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, cumpre mandados de prisão para combater o tráfico internacional de cocaína via aérea. Deflagrada na manhã desta terça-feira (6), a operação é realizada pela Receita Federal e Polícias Federal, Militar e Civil.

A Polícia Federal de Campinas informou que a intenção foi reprimir essa complexa organização criminosa, com ramificações em estados do Brasil e exterior, voltada ao tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro. A principal base do grupo criminosa era o aeroporto.

Segundo a PF, a organização criminosa é composta por brasileiros – principais fornecedores da cocaína e financiadores do esquema criminoso, além de serem responsáveis pelo aliciamento de funcionários aeroportuários, pela interferência ilícita nas operações de logística aeroportuária e lavagem de dinheiro. Também era integrada por estrangeiros, que recebiam a droga em solo europeu.

No perímetro aeroportuário, dez servidores da Alfândega de Viracopos participaram da ação, que resultou na prisão bem sucedida de funcionários de empresas de transporte internacional e prestação de serviços envolvidos no tráfico.

Entre os empregados e ex-empregados de empresas prestadoras de serviço na área restrita de segurança do aeroporto aliciados, há dezenas de pessoas em funções diversas (vigilantes, operadores de tratores, coordenadores de tráfego, motoristas de viaturas, auxiliares de rampa, operadores de equipamentos e funcionários de empresas fornecedoras de refeições a tripulantes e passageiros).

Eles eram os responsáveis pelo esquema de embarque das drogas nas aeronaves com destino ao exterior. Além desses empregados, também foram cooptados pela organização criminosa – e presos nesta data – um policial militar e um policial civil.

A investigação mapeou a rede criminosa, identificou as lideranças, as pessoas com quem se relacionaram e o processo empregado na exportação de grande quantidade de cocaína, a partir do aeroporto, com destino ao continente europeu. A quadrilha também operava para ocultar o lucro obtido com o empreendimento criminoso.

Em nota, a Receita Federal informou que a expectativa é de uma redução do volume de drogas, especialmente cocaína, apreendidas no aeroporto de Viracopos.

O volume de drogas apreendido crescia de forma preocupante e atingiu quase uma tonelada em 2019, considerando a remessa expressa, a exportação e a bagagem.

Ao menos 200 policiais federais, 80 policiais militares e seis policiais civis participam do cumprimento de 44 mandados de busca e apreensão e 35 mandados de prisão temporária, em quatro estados do País.

Entre os investigados presos, 33 são homens e duas são mulheres. As prisões dos policiais contaram com a cooperação da Corregedoria da Polícia Militar do Estado de São Paulo e do Departamento de Polícia Judiciária São Paulo Interior em Campinas.

As investigações começaram em fevereiro de 2019, com a apreensão, na Área Restrita de Segurança, de 58 kg de cocaína, com destino a Europa.

A partir dessa apreensão, a Polícia Federal mapeou a atuação de toda a organização criminosa, identificou as lideranças, as pessoas com quem se relacionaram e o processo utilizado para exportar grandes quantidades de cocaína a partir terminal, com destino ao continente europeu, além dos métodos usados para ocultar o lucro obtido com o empreendimento criminoso.

Os bens imóveis, veículos, contas bancárias e empresas já identificados como pertencentes à organização criminosa estão sendo bloqueados e apreendidos. Além das constrições judiciais, durante o período em que perdurou o acompanhamento da organização criminosa, foram apreendidos 250 kg de cocaína pertencentes ao grupo.

Overload, o nome da operação, é um termo em inglês que significa excesso de cargo e s e refere à droga ilícita inserida clandestinamente nos aviões em meio à carga regular.

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