O júri popular do acusado de matar e jogar o corpo de Maria Carolina Almeida, 26, em um bueiro do Jardim Pérola, em Santa Bárbara d’Oeste, em setembro de 2023, foi remarcado pela Justiça para o dia 7 de abril. O julgamento chegou a ser programado para setembro do ano passado, mas foi suspenso pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que acatou um recurso do réu.
O acusado e Maria Carolina tinham um relacionamento marcado por idas e vindas. Ele foi denunciado pelo Ministério Público (MP) e responde por feminicídio, com as qualificadoras de motivo torpe, asfixia, recurso que dificultou a defesa, violência doméstica e familiar e ocultação de cadáver. O MP também pediu indenização para os familiares da vítima. O processo está sob sigilo de Justiça.
Na época do adiamento, a promotoria de Santa Bárbara lamentou a suspensão da sessão. O documento havia sido anexado ao processo por volta das 17h e o júri aconteceria na semana seguinte. Assim que tomou conhecimento do adiamento, o promotor Rodrigo Aparecido Tiago pediu para comunicar o pai da vítima, mas ele já estava a caminho de Santa Bárbara.
Arnaldo de Jesus Vieira embarcou em um ônibus de São José da Tapera (AL), a 2.362 quilômetro de Santa Bárbara d’Oeste, para acompanhar o júri, mas interrompeu a viagem e retornou para casa com o apoio de amigos.
Em entrevista à TV TODODIA, Arnaldo disse que vai precisar de ajuda para conseguir custear a viagem, que tem duração de três dias e meio.
“Se conseguir ajuda da prefeitura e de amigos, quero acompanhar o julgamento e estou preparado para olhar nos olhos de quem fez isso com a minha filha. Hoje, meus netos têm 7, 10 e 12 anos. Eu me revezo nos cuidados com a avó paterna, mas eles ainda estão sofrendo muito. Ninguém será como a mãe deles”, lamenta Arnaldo.
O advogado Gustavo Mayoral, que defende o réu, informou, por meio de nota, que aguarda a realização do tribunal do júri.
“Temos a convicção de que as provas nos autos sejam suficientes para elucidar os fatos; o que se espera, é a devida atenção dos jurados para cada uma das prova e teses que lhe serão apresentadas devida a complexidade dos temas que serão discutidos.”
O Caso
O corpo de Maria Carolina foi localizado no bueiro por um funcionário da empresa de gás, em setembro de 2023, mas a cabeça só foi encontrada no mesmo local, cerca de um mês depois.
No dia seguinte à localização do corpo, o suspeito foi preso por policiais civis do 2º Distrito Policial e permanece sob custódia aguardando o julgamento.
