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Banco Central mantém Selic a 2% ao ano em meio a persistência da inflação
Mesmo com o prolongamento da pressão inflacionária, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu manter a taxa básica de juros (Selic) em 2% ao ano nesta quarta-feira (20).
A decisão veio em linha com as expectativas de mercado – todos os economistas consultados pela Bloomberg projetavam a manutenção da taxa.
Esta é a quarta reunião seguida em que não há alteração na Selic, após um longo ciclo de queda iniciado em julho de 2019.
Em meio à aceleração da alta dos preços, especialmente de combustíveis e alimentos, a avaliação do BC nas reuniões passadas foi a de que este é um movimento temporário.
A autoridade monetária tem afirmado também que, por causa da pandemia do novo coronavírus, a economia pede estímulo elevado, o que justifica a manutenção da taxa, que é a menor da história do Copom.
Na última decisão, em dezembro, o Copom anunciou que abandonaria em breve o compromisso de não subir juros.
Esse compromisso é um instrumento secundário de política monetária, chamado de “forward guidance”, ou prescrição futura. Nele, o BC garante não subir juros a menos que as expectativas de inflação sejam elevadas acima da meta ou que o regime fiscal seja alterado.
Como o comitê avalia que a taxa Selic está próxima do seu limite mínimo, recorreram ao recurso para tentar diminuir a especulação em torno da taxa básica de juros futura e aumentar o estímulo à economia sem cortar ainda mais os juros.
Na ata da reunião anterior, o BC esclareceu que retirar o instrumento não significa uma alta automática nos juros. Ou seja, mesmo sem o “forward guidance”, o comitê pode decidir manter a taxa com base na análise da conjuntura.
O controle da inflação é a principal atribuição da autoridade monetária. Para isso, o BC define a meta da taxa básica de juros.
Quando a inflação está alta, o Copom sobe os juros com o objetivo de reduzir o estímulo na atividade econômica, o que diminui o consumo e equilibra os preços. Caso contrário, o BC pode reduzir juros para estimular a economia.
A inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), fechou 2020 em 4,52%, acima da meta definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), de 4%, mas dentro da tolerância de 1,5 ponto percentual para cima e para baixo.
Até setembro, as expectativas giravam em torno de 2%, com o efeito deflacionário (redução de preços) da crise e da queda na atividade econômica. As estimativas se elevaram com a alta nos preços de alimentos e combustíveis. Desde então, o BC afirma que o movimento é temporário
Segundo o relatório Focus desta semana, no qual o BC divulga as projeções do mercado, os economistas subiram mais as expectativas de inflação para 2021, que ficaram em 3,43%. Há um mês, a estimativa era de 3,37%. A meta para o ano é de 3,75%, com tolerância 1,5 ponto percentual.
Antes da pandemia, em fevereiro, a autoridade monetária havia indicado que a taxa ficaria em 4,25% ao ano nas reuniões seguintes, depois de cinco reduções seguidas. O BC retomou o ciclo de queda da Selic com a deterioração do cenário econômico. Até agosto, os juros caíram em todas as reuniões, mas o ciclo de queda foi interrompido em setembro.
A partir de hoje (4), as corretoras e as distribuidoras de títulos e valores mobiliários poderão prestar serviço de pagamentos aos clientes. A medida foi aprovada no fim de novembro pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Até agora, as contas de registros mantidas por clientes nas corretoras e distribuidoras serviam apenas para fazer aplicações em títulos públicos federais, em instrumentos privados de renda fixa e na bolsa de valores. A partir desta segunda, essas instituições poderão optar por manter as contas de registro ou migrar para o modelo de contas de pagamento, que permitem, por exemplo, a quitação de boletos.
Segundo o Banco Central (BC), a ampliação do escopo de atuação das corretoras e das distribuidoras deve incentivar a concorrência entre prestadores de serviços de pagamento. A medida, informou a autoridade monetária na época da aprovação, também ajudará a aprimorar a gestão de recursos no segmento de intermediação financeira e a ampliar as fontes de receitas dessas instituições, também chamadas de sociedades de intermediação.
Para impedir que o dinheiro destinado ao pagamento de boletos tenha outra destinação, o CMN determinou que os recursos não usados pelos clientes constituirão patrimônio separado das instituições financeiras, devendo ser aplicados em títulos públicos federais ou mantidos como disponibilidades que podem ser sacadas pelo cliente.
“Independentemente da modalidade escolhida, os recursos mantidos nas contas, enquanto não comprometidos com a liquidação de operações em nome dos clientes, deverão ser aplicados em títulos públicos federais ou mantidos como disponibilidades pelas sociedades de intermediação”, explicou o BC após a aprovação da medida.
O Banco Central (BC) manteve a estimativa do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA – a inflação oficial do país) em 4,39%, em relação à semana passada, de acordo com informações do Boletim Focus divulgado hoje (28). Com periodicidade semanal, o documento reúne as projeções para os principais indicadores da economia.
O indicador ultrapassa o centro da meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional para este ano, de 4%. Se considerada a margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, o índice, porém, permanece dentro da meta, já que pode variar de 2,5% a 5,5%.
A projeção para 2021 foi reduzida, de 3,37% para 3,34%. Já o índice esperado para 2022 e 2023 permaneceu inalterado, de 3,50% e 3,25%, respectivamente.
Outro parâmetro adotado pelo mercado financeiro é a taxa básica de juros, a Selic, que consiste no principal instrumento usado pelo BC para alcançar a meta de inflação. Nesta edição, a taxa prevista para 2021 foi elevada de 3% para 3,13% ao ano. Quanto a 2022 e 2023, a expectativa é de que seja de 4,5% ao ano e 6% ao ano.
No último dia 9, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC anunciou a decisão, tomada em unanimidade, de manter a Selic em 2% ao ano. A redução da Selic favorece o barateamento do crédito e leva a um menor controle da inflação, o que estimula a produção e o consumo. Apesar disso, os bancos consideram também outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como o risco de inadimplência, a margem de lucro e despesas administrativas.
Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando a Selic é mantida, o comitê considera que ajustes anteriores foram suficientes para manter a inflação sob controle.
Atividade econômica e dólar
O mercado financeiro manteve em 4,40% o valor referente à retração da economia, mensurada a partir do Produto Interno Bruto (PIB), que resulta da soma de todas as riquezas do país. A expectativa de crescimento para 2021, por sua vez, permaneceu sem ajustes, em 3,5%. Para os anos de 2022, o ajuste é 3,46% para 3,49%, enquanto manteve em 2,50% para 2023.
Segundo o boletim Focus, a cotação do dólar para o final deste ano apresentou leve queda, de R$ 5,15 para R$ 5,14. Para o fim de 2021, o BC manteve em R$ 5, enquanto diminuiu de R$ 4,98 para R$ 4,95 o valor estimado para 2022.
Banco Central adia para março início de cobranças no Pix para datas futuras
Prevista para começar em janeiro, a ferramenta do Pix que permite cobranças com vencimento em datas futuras só começará a funcionar em 15 de março de 2021. A nova data consta de instrução normativa do Banco Central (BC), publicada hoje (14) no Diário Oficial da União.
O Pix Cobrança para pagamentos com vencimento permite que empresas ou microempreendedores gerem um código QR (versão avançada do código de barras) para transações em data futura, como um boleto. Desde o lançamento do Pix, em 16 de novembro, é possível gerar um código QR para pagamentos imediatos.
Originalmente, o Pix Cobrança para datas futuras valeria a partir de 4 de janeiro. O Banco Central não informou o motivo do adiamento.
Sistema de pagamentos instantâneos do BC, o Pix permite a transferência de recursos entre contas bancárias 24 horas por dia. As transações são executadas em até 10 segundos, sem custo para pessoas físicas. Para usar o Pix, o correntista deve ir ao aplicativo da instituição financeira e cadastrar as chaves, que podem seguir o número do celular, o e-mail, o Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), para pessoas físicas ou o Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), para empresas.
Também é possível o usuário gerar uma chave aleatória, com um código de até 32 dígitos. Cada chave eletrônica está associada a uma conta bancária. Pessoas físicas podem ter até cinco chaves por conta. Para pessoas jurídicas, o limite sobe para 20.
Na última reunião deste ano, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, decidiu manter a taxa básica de juros (Selic) a 2% ao ano. A definição desta quarta-feira (9) ocorre em meio à pressão inflacionária, especialmente com a alta nos preços de alimentos e combustíveis.
Esta é a terceira reunião seguida em que não há alteração na taxa Selic depois de longo ciclo de queda, iniciado em julho de 2019.
Com o choque recente nos preços, o mercado tem aumentado as expectativas de inflação para o fechamento deste ano e para o próximo. Isso poderia levar o BC a aumentar os juros.
A decisão, no entanto, ficou em linha com a expectativa do mercado. Analistas consultados pela Bloomberg previram a manutenção da taxa, conforme indicado pelo comitê na reunião anterior.
No comunicado da decisão, a autoridade monetária se mostrou mais preocupada com a inflação, mas reforçou que a alta na inflação é temporária e deve arrefecer em 2021, dentro do chamado horizonte relevante, para quando o comitê entende que a política monetária terá efeito.
“As últimas leituras de inflação foram acima do esperado e, em dezembro, apesar do arrefecimento previsto para os preços dos alimentos, a inflação ainda deve se mostrar elevada”, disse.
“Apesar da pressão inflacionária mais forte no curto prazo, o Comitê mantém o diagnóstico de que os choques atuais são temporários, mas segue monitorando sua evolução com atenção, em particular as medidas de inflação subjacente”, completou.
O BC revisou as projeções para a inflação no cenário básico, com a taxa de juros a 2% a.a. em 2020, 3% a.a. em 2021 e 4,50% a.a. em 2022, e o dólar a R$ 5,25, as projeções do Copom para a inflação são de 4,3% para 2020, 3,4% para 2021 e 3,4% para 2022.
Já no cenário com taxa de juros constante a 2% a.a. e taxa de câmbio a R$ 5,25, as projeções para a inflação são de torno de 4,3% para 2020, 3,5% para 2021 e 4% para 2022.
Segundo o relatório Focus do BC desta semana, os economistas esperam que os preços subam 4,21% no ano, acima da meta de 4% fixada pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), mas dentro do limite de tolerância de 1,5 ponto para baixo ou para cima. Há um mês, a projeção era de 3,20%.
Desde o início da crise gerada pelo novo coronavírus, as estimativas vinham abaixo de 2%. Na semana da reunião anterior do Copom, no fim de outubro, o mercado esperava inflação de 2,99%.
No comunicado, o comitê repetiu que a inflação permanece com fatos de risco em duas direções. A baixa atividade econômica pode puxá-la para baixo. “Esse risco se intensifica caso uma reversão mais lenta dos efeitos da pandemia prolongue o ambiente de elevada incerteza e de aumento da poupança precaucional”, disse.
Por outro lado, a piora nas contas públicas com o prolongamento das políticas fiscais de resposta à pandemia podem puxar os preços para cima. Além disso, o BC destacou que “frustrações em relação à continuidade das reformas, podem elevar os prêmios de risco”.
“O risco fiscal elevado segue criando uma assimetria altista no balanço de riscos, ou seja, com trajetórias para a inflação acima do projetado no horizonte relevante para a política monetária”, completou.
Segundo o texto, o BC manteve o compromisso de não subir juros a menos que as expectativas de inflação sejam elevadas acima da meta ou que o regime fiscal seja alterado, mas anunciou que o instrumento deve ser retirado em breve.
Essa indicação é um instrumento secundário de política monetária, chamado de “forward guidance”, ou prescrição futura. Como o comitê avalia que a taxa Selic está próxima do seu limite mínimo, o BC teve que recorrer ao recurso para tentar diminuir a especulação em torno da taxa básica de juros futura e aumentar o estímulo à economia sem cortar ainda mais os juros.
“A manutenção desse cenário de convergência da inflação [à meta] sugere que, em breve, as condições para a manutenção do forward guidance podem não mais ser satisfeitas, o que não implica mecanicamente uma elevação da taxa de juros pois a conjuntura econômica continua a prescrever estímulo extraordinariamente elevado frente às incertezas quanto à evolução da atividade”, disse o texto.
“No cenário de retirada do forward guidance, a condução da política monetária seguirá o receituário do regime de metas para a inflação, baseado na análise da inflação prospectiva e de seu balanço de riscos”, pontuou o Copom. Apesar da sinalização de que não usará mais o instrumento, o comitê avalia que seu efeito foi positivo.
“O Copom avalia que, desde a adoção do forward guidance, observou-se uma reversão da tendência de queda das expectativas de inflação em relação às metas para o horizonte relevante. Além disso, ao longo dos próximos meses, o ano-calendário de 2021 perderá relevância em detrimento ao de 2022, que está com projeções e expectativas de inflação em torno da meta”, ressaltou.
O BC cita ainda a segunda onda em outros países como desafio para a retomada da economia, mas fala sobre o surgimento das vacinas como positivo. “No cenário externo, a ressurgência da pandemia em algumas das principais economias tem revertido os ganhos na mobilidade e deverá afetar a atividade econômica no curto prazo”, disse.
“No entanto, os resultados promissores nos testes das vacinas contra a Covid-19 tendem a trazer melhora da confiança e normalização da atividade no médio prazo”, ponderou o texto. Além disso, o comitê destaca que a baixa atividade econômica favorece a manutenção dos juros em patamares baixos. “A presença de ociosidade, assim como a comunicação dos principais bancos centrais, sugere que os estímulos monetários terão longa duração, permitindo um ambiente favorável para economias emergentes.”
Em relação à economia brasileira, o BC diz que indicadores recentes sugerem a continuidade da recuperação desigual entre setores, “em linha com o esperado”. “Contudo, prospectivamente, a incerteza sobre o ritmo de crescimento da economia permanece acima da usual, sobretudo para o período a partir do final deste ano, concomitantemente ao esperado arrefecimento dos efeitos dos auxílios emergenciais”, colocou.
A Selic é um dos instrumentos usados pelo BC para controlar a inflação. Quando o índice está alto, a autoridade monetária sobe os juros com o objetivo de reduzir o estímulo na atividade econômica, o que diminui o consumo e equilibra os preços. Caso contrário, o BC pode reduzir juros para estimular a economia.
Antes da pandemia, em fevereiro, a autoridade monetária havia indicado que a taxa ficaria em 4,25% ao ano nas reuniões seguintes, depois de cinco reduções seguidas.
O BC retomou o ciclo de queda da Selic com a deterioração do cenário econômico. Até agosto, os juros caíram em todas as reuniões, mas o ciclo de queda foi interrompido em setembro.
Banco Central anuncia plataforma de educação financeira de bancos para outubro de 2021
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, anunciou que os bancos vão oferecer uma plataforma de educação financeira a partir de outubro de 2021. Com a ferramenta, as instituições participantes poderão criar programas de recompensas semelhante ao de milhagens, com acúmulo de pontos.
“Essas recompensas serão desenhadas por cada instituição financeira”, explicou o presidente do BC na abertura da 7ª Semana Nacional de Educação Financeira nesta segunda-feira (23).
O projeto piloto, segundo Campos Neto, será entregue em janeiro do próximo ano. A plataforma, feita em parceria com a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), permitirá que o cliente faça um diagnóstico de sua saúde financeira. Além disso, terá informações e cursos personalizados sobre o tema.
A iniciativa foi anunciada pela autarquia em janeiro deste ano e a expectativa era que a plataforma fosse lançada até junho.
“Um dos primeiros passos para a construção de uma plataforma inovadora é a criação de um indicador de saúde financeira do brasileiro, para o qual está sendo realizada uma pesquisa de campo com 10 mil brasileiros”, afirmou o presidente do BC.
Além disso, a autoridade monetária anunciou um projeto que tem o objetivo de levar educação financeira ao ensino fundamental das escolas públicas, chamado de Aprender Valor. “O projeto está em sua etapa piloto, com a participação em seis unidades da Federação [Ceará, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará e Paraná]”, disse Campos Neto.
“Com a expansão para os demais estados, a partir do segundo semestre de 2021, o Aprender Valor tem o potencial de chegar aos cerca de 21 milhões de estudantes do ensino fundamental de escolas públicas de todo o país”, completou.
Para as famílias que perderam renda com a pandemia da Covid-19, o BC disponibilizou em seu site uma página sobre “educação financeira em tempos de coronavírus”, com informações para auxiliar na reorganização financeira.
O Banco Central autorizou, nesta quinta-feira (19), que os jogos de loteria sejam pagos pelo Pix, sistema brasileiro de pagamentos instantâneos. A medida já entrou em vigor. Para isso, as contas das lotéricas foram incluídas na lista de habilitadas no sistema.
“A partir de agora, sempre que o cliente quiser pagar um jogo lotérico, ele terá o Pix como opção de pagamento para jogos da Sena, de loteria esportiva e afins. A novidade atende à demanda do mercado que solicitava integração das lotéricas ao Pix, na qualidade de permissionárias da Caixa Econômica Federal”, disse o BC, em nota.
“As novas funcionalidades do Pix mostram o caráter multipropósito do meio de pagamento. Isso significa que ele deve ser capaz de acomodar todos os tipos de transação de varejo, envolvendo pessoas, empresas e governo. Recentemente, o BC aprovou a extensão do Pix para recolhimento do FGTS e para contas das próprias instituições”, completou.
A autoridade monetária também isentou multa de instituições integrantes do Pix por seis meses para adequações na plataforma. Segundo o BC, são ajustes pontuais.
“Embora o Pix esteja funcionando plenamente, alguns acertos pontuais podem ser necessários a fim de melhorar a experiência do usuário. Como esses ajustes são normais para um sistema da complexidade e magnitude do Pix, determinados apontamentos podem não ser configurados como infrações”, alegou a autoridade monetária.
As instituições ficarão isentas de aplicação de multa entre 3 de novembro de 2020 e 15 de maio de 2021, “desde que a instituição adeque tempestivamente sua atuação e tome as medidas necessárias para evitar reincidência do apontamento”.
“O cometimento reiterado de condutas passíveis de penalidade será punido normalmente, na forma do regulamento do Pix e do manual de penalidades”, afirmou o BC.
Em mais um dia de euforia no mercado financeiro, o dólar fechou no menor valor em dois meses, influenciado pelo cenário internacional e pela indicação de que o BC (Banco Central pode aumentar as intervenções no câmbio. A bolsa de valores subiu pela terceira sessão seguida, encerrando no maior nível desde o fim de fevereiro.
O dólar comercial encerrou esta terça-feira (17) vendido a R$ 5,33, com recuo de R$ 0,107 (-1,97%). Foi a terceira sessão consecutiva de queda. No início das negociações, a cotação operou, em R$ 5,42, em leve baixa, mas desabou a partir do fim da manhã. Na mínima do dia, por volta das 14h30, a divisa chegou a ser vendida a R$ 5,32.
Além das notícias de avanços nas pesquisas sobre a vacina contra a Covid-19, o mercado foi influenciado por comunicado divulgado ontem (16) à noite pelo BC, sobre a rolagem (renovação) de contratos de swap cambial. Essas operações equivalem a leilões de dólares no mercado futuro.
No texto, a autoridade monetária informou que renovará integralmente US$ 11,8 bilhões de contratos que venceriam em janeiro, como tem feito nos últimos meses. O comunicado, no entanto, deixou em aberto a possibilidade de que o BC “aumente a oferta, conforme as condições de mercado”, o que foi interpretado como possibilidade de que a autoridade monetária volte a leiloar novos contratos de swap tradicional, em vez de apenas os renovar, o que ajudaria a conter a volatilidade cambial no fim de ano.
No mercado de ações, o dia foi marcado pela euforia. O índice Ibovespa, da B3, fechou esta terça aos 107.249 pontos, com alta de 0,77%. O indicador está no maior nível desde 21 de março, quando tinha fechado em torno de 113 mil pontos.
Além da volta de investidores estrangeiros à bolsa, que aplicaram R$ 17,8 bilhões a mais do que retiraram na B3 em novembro, o indicador foi influenciado pela divulgação de lucros em várias companhias.
O Ibovespa subiu mesmo com a realização de lucros no mercado internacional. Nos Estados Unidos, os principais índices fecharam em leve queda, com investidores vendendo ações para embolsar ganhos depois da sessão de ontem. O Dow Jones (das empresas industriais) caiu 0,56%, o S&P 500 (das 500 maiores empresas) teve queda de 0,48%, e o Nasdaq Composite (das empresas de tecnologia) fechou em baixa de 0,21%. Ontem (16), o Dow Jones e o S&P 500 fecharam em máximas históricas.
A economia brasileira voltou a registrar crescimento no terceiro trimestre deste ano. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) dessazonalizado (ajustado para o período), divulgado hoje (13), apresentou expansão de 9,47% na comparação com o segundo trimestre. Em setembro, comparado a agosto, houve expansão de 1,29%.
Em relação ao terceiro trimestre de 2019, foi registrada queda de 3%. No ano, o IBC-Br registra queda de 4,93% e, em 12 meses encerrados em setembro, retração de 3,32%.
O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira e ajudar o Banco Central a tomar suas decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic.
O índice incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária, além do volume de impostos. Mas o indicador oficial sobre o desempenho da economia é o Produto Interno Bruto (PIB – a soma de todas as riquezas produzidas pelo país), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Devido aos efeitos da pandemia de Covid-19 na economia, o mercado financeiro projeta queda do PIB em 4,8%, neste ano. O Banco Central prevê retração de 5% e a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia, de 4,7%.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, acredita que “economia brasileira está voltando com força” e prevê queda de 4%, em 2020.