sexta-feira, 26 abril 2024

Acic estima pelo menos 12 mil demitidos na RMC

A Acic (Associação Comercial e Industrial de Campinas) estima que de 12 mil a 13 mil trabalhadores serão demitidos na RMC (Região Metropolitana de Campinas) por causa das restrições impostas ao setor em razão da pandemia do novo coronavírus. De 150 a 200 estabelecimentos devem fechar as portas na região, diz a associação.

Os mais afetados serão as micro e pequenas empresas. Desse montante, 6,4 mil funcionários de bares e restaurantes já foram dispensados na RMC, como o TODODIA noticiou no último domingo.

A informação é do economista da Acic, Laerte Martins. Segundo ele, os setores fortemente impactados com as restrições são as áreas de alimentação, higiene e beleza, serviços de limpeza em geral e pequenos comércios de ruas, além de bares e restaurantes.

“Estima-se que cerca de 150 a 200 estabelecimentos fecharam as portas ou demonstram interesse em encerrar suas atividades, tendo em vista a insolvência dos negócios, dentro da RMC”, informou Martins.

Esse é um levantamento preliminar sobre o impacto da Covid-19 na economia da cidade, feito a pedido do TODODIA.

Entidades de classes na Capital paulista discutem como é possível iniciar uma reabertura gradual de setores do comércio. O tema ainda não começou a ser abordado na região, informaram as associações comerciais de Americana e Sumaré.

O presidente da Acisb (Associação Comercial e Industrial de Santa Bárbara d’Oeste), João Batista de Paula Rodrigues, disse que os comerciantes são os maiores interessados em abrir rapidamente, mediante adoção de cuidados de higiene, mas estão impedidos por força do decreto estadual da quarentena.

“Todos temos o mesmo intuito de abrir o quanto antes o comércio. Estão todos no limite e não tem mais como aguentar”, disse Rodrigues.
A estimativa dele é que 80% do comércio de rua, além dos dois shoppings da cidade, estão fechados.

Segundo o presidente da Acisb, há informações de lojas que estão dispensando funcionários e com dificuldades em pagar os alugueis dos imóveis. Segundo ele, os pequenos estão sofrendo.

Negociação com o Estado

A Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo) vai negociar com o Governo do Estado a abertura gradual do comércio. A proposta é a flexibilização do decreto de quarentena, para a reabertura gradual e regionalizada das atividades econômicas.

Segundo a entidade, a proposta é o retorno gradual de setores do comércio e da prestação de serviço, seguindo as recomendações sanitárias e de saúde.

“A proposta é que esta reabertura ocorra em cidades do interior do Estado que tenham baixo índice de contágio e que o sistema de saúde não esteja sobrecarregado”, explicou a entidade de classe.

O modelo de retomada da atividade econômica terá de ser discutido pelas associações comerciais, de acordo com as características de cada região do Estado, explicou a Facesp.

“Temos que manter a nossa rede unida e praticarmos um discurso alinhado”, afirmou o presidente da Facesp e da Associação Comercial de São Paulo, Alfredo Cotait Neto.

A Facesp se reuniu por videoconferência terça-feira (14) e definiu as prioridades de atuação para enfrentar a crise econômica gerada pela pandemia.

Entre outras diretrizes estão busca de diálogo permanente com prefeitos e governador; acesso dos empreendedores ao crédito, de forma rápida e desburocratizada; e o adiamento do pagamento de impostos.

A Facesp pretende realizar uma reunião com a secretária estadual de Desenvolvimento Econômico, Patricia Ellen , e com outros representantes do Estado para abordar os temas.

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