quarta-feira, 8 maio 2024

Diretor confirma à CPI contatos com Barros

Emanuel Catori negou por diversas vezes que tratou de vacinas com o deputado

Na CPI | O diretor da Belcher, Emanuel Catori, depõe (Foto: Edilson Rodrigues / Agência Senado)

O diretor-presidente da Belcher Farmacêutica, Emanuel Catori, afirmou em depoimento à CPI da Covid que tinha contatos com o líder do governo Bolsonaro na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR). No entanto, negou que tenha tratado sobre vacinas com o deputado.

A Belcher era a representante da empresa chinesa CanSino Biologicals, responsável pelo desenvolvimento da vacina Convidecia contra a Covid-19. Inicialmente, Catori disse que não houve nenhum facilitador político para que tivesse contatos no Ministério da Saúde. No entanto, confirmou que foi Barros quem marcou a reunião com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, no dia 15 de abril.

Catori negou por diversas vezes que tratou de vacinas nessa reunião. O assunto seria um medicamento antiviral. Isso porque ele ainda não tinha autorização formal, já que a carta de autorização da CanSino foi feita em 19 de abril, quatro dias depois do encontro.

O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), avaliou que havia contradições no depoimento, tendo em vista que no dia 6 de abril Catori já tinha um termo de confidencialidade do laboratório chinês.

“Não tem nenhuma contradição. Quando a gente assina uma carta de… estabelecemos um termo de confidencialidade, em nenhum momento a gente pode falar em nome da vacina”, rebateu Catori. Catori chegou a dizer que Barros é amigo de longa data de seu sócio. Dessa forma, ele também se tornou amigo do deputado. “Uma amizade cordial com ele.”

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