terça-feira, 23 abril 2024

Doentes de Covid-19 estão morrendo mais rápido nas UTIs do estado de SP

Os pacientes internados em estado grave em UTIs de São Paulo para tratar da Covid-19 estão morrendo mais rápido.

O tempo médio dos pacientes graves que vão a óbito caiu de 14,1 para 10,7 dias no último trimestre, segundo dados compilados pela Secretaria de Estado da Saúde e pelo Centro de Contingência do Coronavírus.

Desde o início da epidemia, 68.623 pessoas morreram em São Paulo – 1.201 apenas nas últimas 24 horas. O estudo agora finalizado analisou o histórico de 41 mil vítimas.

De acordo com o infectologista Carlos Magno Fortaleza, que integra o Centro de Contingência, o quadro pode ter se agravado por duas razões: a entrada da variante “P1” do coronavírus (de Manaus) no estado, que parece ser mais transmissível e também pode ser mais agressiva, e a demora no acesso à terapia intensiva, causada pelo abrupto aumento no número de casos, levando à lotação das UTIs.

As internações de pacientes subiram em ritmo explosivo em São Paulo neste mês. O número de pacientes em UTIs saltou de 8.867 no dia 8 de março para 12.168 na segunda (22). A taxa de ocupação das UTIs no estado chegou a 91,2%.

O governo de São Paulo afirma que os esforços de combate à epidemia têm sido prejudicados pelo escasso apoio da União, que financia só 62% dos leitos de UTI adulto ativados na pandemia exclusivamente para atender pacientes do SUS em SP.

A situação dramática, diz a administração, é constatada em levantamento realizado com base nos dados do DataSUS, que aponta para acesso tardio à terapia com oxigênio, fator essencial para assegurar a sobrevivência em casos de Covid. Isso ocorreria, provavelmente, por causa da saturação do sistema assistencial.

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